18 de novembro de 2017 | 08:30

Moro manda investigação contra petistas para SP

brasil

O juiz federal Sérgio Moro determinou a remessa, para a Justiça Estadual de São Paulo, da investigação contra a ex-chefe regional da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, o presidente da CUT, Vagner Freitas, o ex-ministro da Previdência e da Aviação Civil Carlos Gabas (Governos Lula e Dilma), o ex-tesoureiro João Vaccari Neto e outros nove. Os petistas são alvo de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) que apura suposta lavagem de dinheiro envolvendo imóveis ligados à OAS Empreendimentos, que assumiu obras da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop). “Em que pese tenham sido identificados documentos associando investigados à OAS, não há elementos conclusivos, no momento, suficientes à vinculação de eventual vantagem indevida recebida a contratos da Petrobrás, o que seria necessário à atração da competência em relação a tais fatos ao Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba”, explicou Moro. Executivos da OAS foram presos e condenados, na Justiça Federal, no Paraná, no caso tríplex do Guarujá, ligado à empresa. Em julho deste ano, o juiz Moro condenou o ex-presidente da empreiteira José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, a 10 anos e oito meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, e o e o executivo da empresa Agenor Franklin Medeiros – corrupção ativa a seis anos. O ex-presidente Lula foi condenado no mesmo processo a 9 anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O Procedimento Investigatório Criminal mira em ‘possíveis irregularidades envolvendo condomínio de construção e ligação com a OAS no residencial Jardim Anália Franco entre outros’. O procedimento havia sido instaurado pelo Ministério Público de São Paulo. A força-tarefa narrou a Moro que a Promotoria paulista declinou da competência sobre a apuração por considerar que os fatos teriam conexão com a investigação da Lava Jato, em Curitiba. Moro considerou que ‘é o caso de devolver os autos ao Ministério Público do Estado de São Paulo’. “A questão poderá ser reexaminada se de forma superveniente for colhido de conexão entre os recursos supostamente repassados a investigados e os crimes praticados em detrimento da Petrobrás”, anotou. “Ante o exposto, determino a remessa dos autos à Justiça Estadual de São Paulo/SP para prosseguimento das investigações.”

Estadão
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