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Marcelo Odebrecht 19 de dezembro de 2017 | 07:08

Advogados fazem plantão para soltar Marcelo Odebrecht

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Advogados de Marcelo Odebrecht trabalharam na segunda-feira, 18, para garantir que o empresário conseguisse deixar o regime fechado nesta terça – prazo previsto em seu acordo de colaboração premiada – após cumprir pena de dois anos e seis meses de prisão. A soltura estava atrelada a entrega de uma série de documentos solicitados pelo Ministério Público Federal – o material, apurou o Estado, foi entregue. A saída de Odebrecht está prevista para às 13h desta terça. “A própria Justiça concordou com os termos quando ele foi assinado. Como a previsão do acordo é aquele seja solto amanhã, estamos aguardando que isso seja cumprido”, disse advogado Nabor Bulhões ao sair do prédio da PF onde acabara de entregar para a juíza Carolina Lebbos, responsável por acompanhar a execução da pena de Marcelo, uma série de documentos solicitados pelo MPF. Na sexta-feira passada, a força-tarefa da Lava Jato cobrou a defesa de Marcelo Odebrecht para que apresentasse “documentos faltantes” – extratos de contas, valores de bens móveis e imóveis, por exemplo – à 13.ª Vara Federal, em Curitiba, responsável pela execução penal do empreiteiro. A Procuradoria da República queria avaliar se o empresário estava fazendo “jus aos benefícios” de seu acordo de delação premiada e se, por consequência, poderia mudar de regime de cumprimento de pena. A defesa ficou no local por cerca de 20 minutos. Na saída, o advogado Nabor Bulhões apontou os “dois maiores objetivos” do empreiteiro. “Ele está preocupado com dois pontos: primeiro, voltar para a família, segundo, ser efetivo na colaboração dele como ele vem sendo efetivo na colaboração com a Justiça. São os dois maiores objetivos dele”, afirmou. Além dos pontos citados por Bulhões, o herdeiro da família Odebrecht terá de enfrentar as arestas criadas com seus parentes mais próximos ao longo do processo de prisão e de negociação e assinatura da colaboração premiada. Descontente com sua pena e com a decisão do pai, Emílio Odebrecht, em aceitar os termos do acordo, Marcelo rompeu com o patriarca do clã, com a irmã e o cunhado, o diretor jurídico da empresa Maurício Ferro.

Estadão
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