18 de dezembro de 2017 | 08:43

Concha Negra encerra o ano reunindo Cortejo Afro, Baiana System e Núcleo de Opera da Bahia

bahia

A senhora dançou. O moço cantou. O casal se beijou. Amigos se encontraram e o Cortejo Afro comandou a festa com a participação da banda Baiana System e do Núcleo de Opera da Bahia (NOB), durante a quarta edição do projeto Concha Negra, neste domingo (17), na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA). O espetáculo contou ainda com a abertura do grupo performático Bárbara Bela, Iana Nascimento e Diego Alcântara.Presidente do Cortejo Afro, Roberto Pitta avalia que o Concha Negra faz parte de uma política de reparação. “De 2007 para cá houve realmente esse interesse maior por isso, por parte do Governo do Estado. O Concha Negra é um acerto, é uma percepção da importância que tem essa valorização não só para o Carnaval da Bahia, mas para a vida social, para o cotidiano da cidade. O que nós fazemos é definir uma estética baiana. Tudo começou nos anos 70 com Ilê Aiyê ou até antes. Isso é importante ser colocado”.Pitta ressalta que no projeto se apresentam grupos que estão em cartaz há mais de 40 anos. “Como diz o João Jorge, do Olodum, mais de 40 anos em cartaz só o show da Broadway. E os blocos afro estão em cartaz há mais de 40 anos, como o Ilê Aiyê. A gente sabe que esse projeto se estenderá porque é vitorioso. O Cortejo Afro se sente feliz participando”. Ele também fala da importância da casa de espetáculos. “A Concha Acústica sempre foi um espaço democrático, e a negrada sempre esteve presente na concha, não só como público pagante mas sobretudo no palco. E a Concha Acústica é um Palco sagrado, todo mundo quer fazer. E eu tenho notícia de que é um dos melhores lugares do Brasil para fazer show, muita gente que vem de fora fala isso. É um espaço único, nosso, baiano”.O guitarrista da Baiana System, Beto Barreto, diz que o projeto concha Negra traduz a importância que os blocos afro tem para música de Salvador. “Todo mundo fala muito dessa importância mas os espaços não são muitos. Essa é uma festa que as pessoas podem vir, assistir como show, dançar. Então esse é um momento muito importante para música baiana olhar para essa raiz, para essa formação”.

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