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Jorge Picciani (PMDB) 07 de dezembro de 2017 | 12:00

Picciani recebeu R$ 11 milhões da Odebrecht, aponta denúncia

brasil

O presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani (PMDB) teria recebido R$ R$ 11,1 milhões da construtora Odebrecht. Deste valor, R$ 4,5 milhões foram depositados no exterior. Por causa disso, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou Picciani à Justiça pelo crime de evasão de divisas, na noite de quarta-feira, 6, além dos crimes de cartel, fraude a licitações, corrupção, lavagem de ativos e organização criminosa. De acordo com a denúncia, Picciani recebeu a propina da Odebrecht de 2008 a 2014. A informação está em uma planilha recebida pelo órgão, após a formalização do acordo de leniência com a Odebrecht. Os dados sobre o parlamentar foram repassados ao MPF pelo executivo da empresa Benedicto Júnior, que firmou acordo de colaboração premiada com o MPF. Benedicto informou que a alcunha de “Grego” na planilha se referia a Picciani. O empresário, que integrava o núcleo econômico responsável por realizar o pagamento de propina aos deputados estaduais, afirmou que o repasse se dava por meio de doações oficiais a campanhas políticas e por meio de pagamentos clandestinos. Muitos foram registrados no sistema de contabilidade paralela desenvolvido pela empresa, conhecido por Drousys. No Rio, os pagamentos de propina pela Odebrecht a Picciani seriam feitos pelo doleiro Álvaro Novis. Teriam sido recebidos por Jorge Luiz Ribeiro, operador financeiro de Picciani, a quem cabia receber e ocultar o dinheiro da corrupção, segundo a denúncia.

Estadão
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