1 maio 2024
O presidente da Comissão de Ética da Presidência, Mauro Menezes, deu dez dias para o ministro Carlos Marun (Governo) explicar o diálogo com governadores, em que pediu votos para aprovar a Previdência em troca da liberação de financiamento de bancos públicos. O caso foi revelado pela Coluna do Estadão em 21 de dezembro. Ao assumir, Marun levantou os pedidos de empréstimos protocolados na Caixa por Estados, capitais e outras grandes cidades e condicionou a assinatura dos contratos à entrega de votos pelos governadores e prefeitos, que exercem influência sobre os parlamentares. Ele negou que tenha feito “chantagem”. O primeiro a sofrer pressão foi o governador de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB), que deixou o Planalto reclamando. O governador de Sergipe disse à Coluna do Estadão que saiu chocado da reunião. “Marun me falou que há vários contratos com a Caixa, mas o governo só vai liberar após a votação da reforma. Achei uma coisa fora de propósito. Me deixou frustrado”, disse.
Estadão