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Rodrigo Tacla Duran 10 de janeiro de 2018 | 07:30

Procurador: Tacla Duran é ‘criminoso foragido’ que ‘não apresentou provas’

brasil

O procurador regional da República Luiz Felipe Hoffmann Sanzi pediu ao desembargador João Pedro Gebran Neto, relator da Operação lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, para que negue habeas corpus da defesa do ex-presidente Lula que insiste para que o ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran seja ouvido no âmbito de incidente de falsidade aberto sobre documentos entregues pela empreiteira em seu acordo de colaboração. Tacla Duran é alvo de três denúncias na Operação Lava Jato. Todas, pela operação de propinas da Odebrecht. Ele teve a prisão preventiva decretada pelo juiz federal Sérgio Moro, mas está foragido na Espanha. A defesa do ex-presidente Lula pediu a instauração de incidente de falsidade sobre documentos do Drousys, sistema de contabilidade do departamento de propinas da Odebrecht. No âmbito da investigação, os advogados têm insistido para que Tacla Duran seja ouvido. Moro já negou três pedidos. A defesa recorreu ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Para o procurador Luiz Felipe Hoffmann Sanzi, ‘as declarações da testemunha em videoconferência, à defesa, não vieram acompanhadas de nenhuma prova, sendo que Rodrigo Duran é criminoso foragido no exterior, com prisão preventiva decretada contra si, o que não colabora em trazer credulidade às suas declarações’. “É fato relevante, ainda, que há perícia em curso na Polícia Federal para examinar a integridade do sistema eletrônico de contabilidade e dos documentos que a testemunha, em declarações prestadas à defesa a Comissão Parlamentar de Inquérito, afirma terem sido manipulados”, afirma. “Enfim, dado o poder conferido ao juiz para indeferir as provas que considerar protelatórias ou impertinentes, e dada a ausência de demonstração de imprescindibilidade, pela defesa, da oitiva da testemunha, de se manter incólume a decisão de indeferimento” conclui.

Estadão
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