25 de janeiro de 2018 | 11:38

Vacinação fracionada contra febre amarela começa com dúvidas e filas em São Paulo

brasil

O primeiro dia de vacinação contra a febre amarela com a dose fracionada teve formação de fila ainda na madrugada e pessoas que buscaram a Unidade Básica de Saúde (UBS) sem a senha distribuída pela Secretaria Municipal de Saúde na zona leste de São Paulo. A campanha teve início nesta quinta-feira, 25, e tem como foco 20 distritos das zonas leste e sul da capital. A dose fracionada mantém a pessoa imunizada por até oito anos.Na UBS Jardim Nossa Senhora do Carmo, no Parque do Carmo, o primeiro da fila era o paisagista Edson Santana, de 31 anos, que saiu de Itaquera, também na zona leste, e chegou ao local às 3 horas. “No meu bairro, as pessoas estavam chegando às 17 horas para passar a noite. Resolvi tentar aqui. Minha maior preocupação é a minha filha de 5 anos.”Mas a unidade não estava ofertando o imunizante para quem não era atendido na UBS e só distribuía senhas para quem estava com comprovante de residência ou o cartão que comprovasse que o paciente já era atendido no local.Isso fez com que várias pessoas desistissem, entre elas Santana e a família, e que uma nova fila com pessoas sem a senha se formasse. Embora mais de 100 pessoas estivessem no local, a vacinação teve início sem confusão por volta das 8 horas.A balconista Eldiene Mendes da Silva, de 37 anos, recebeu a senha na quarta-feira e foi antes do horário marcado, às 8 horas para tomar a vacina. Ela estava tranquila em relação à imunização. “Seis pessoas da minha família receberam a senha para tomar hoje. Não estou preocupada com a doença e não estava enfrentando fila para tomar essa vacina.” Ela disse também que não via problema em tomar a dose fracionada.Também com a senha, o tecnólogo Hélio Mendes, de 34 anos, foi um dos primeiros a ser vacinado e estava satisfeito com a dose fracionada. A aplicação em um feriado o ajudou. “Não estava conseguindo tomar a vacina por causa do trabalho. Cheguei aqui umas 6 horas e não tem problema ser dose fracionada. Depois, toma de novo. É só não perder o prazo.”

Estadão
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