18 de março de 2018 | 09:53

Candidatos LGBT em busca de afirmação política

brasil

Dos 513 deputados federais, apenas um é assumidamente homossexual. A baixa representatividade é sentida na timidez com que pautas como a criminalização da homofobia são discutidas e no atropelo que as demandas da comunidade gay sofrem na Casa pelas fortes bancadas conservadoras e religiosas. Atenta a essa realidade, a Aliança Nacional LGBTI+ começou um mapeamento dos pré-candidatos assumidamente homossexuais e aliados. Até sexta-feira passada, o levantamento apontava 93 nomes, divididos entre gays, mulheres e homens trans, lésbicas, bissexuais masculinos e femininos, travestis e outros (entre esses, os aliados – que podem não ser homossexuais mas são considerados defensores da causa). O partido com mais pré-candidatos com essas características é o PSOL (19), seguido pelo PCdoB (14) e o PT (11). Legendas consideradas de direita, como o PSD, PTC e PTB também têm representantes. A divisão por região mostra que o Sudeste concentra quase metade desses nomes (40). A região com menos representantes é a Norte, com apenas 3. Toni Reis, presidente da Aliança, afirma que o levantamento visa criar uma rede de trocas de ideias e propostas para eventuais mandatos – bem como ajudar na divulgação das próprias campanhas. “Nossa esperança é aumentar a bancada na Câmara em pelo menos 100%”, afirma. “Parece muito, mas na verdade hoje só temos um deputado assumidamente gay, o Jean Wyllys (PSOL-RJ). Então, aumentar a bancada em 100% é sonhar com pelo menos dois eleitos.” O levantamento incluiu a pré-candidata à Presidência Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) na lista. “Ela entra como ‘outros’. Embora não seja gay, Manuela é uma aliada ‘plus’, alguém muito conectada com as nossas causas”, afirma. Leia mais no Estadão.

Estadão Conteúdo
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