Foto: Assessoria de imprensa
Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais 18 de março de 2018 | 08:11

Peritos da PF fizeram 1.525 laudos na Lava Jato

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Nos 4 anos da Operação Lava Jato um intenso trabalho de análise científica das provas coletadas foi responsável por embasar as decisões do juiz Sérgio Moro e do Supremo Tribunal Federal. De março de 2014 até agora, os peritos criminais federais já produziram 1.525 laudos sobre os materiais coletados nas buscas e apreensões da Operação Lava Jato e sobre informações levantadas nas delações premiadas. O trabalho dos peritos foi decisivo para os processos que levaram à condenação de políticos, empresários, doleiros e ex-dirigentes da Petrobrás. O acervo de laudos inclui 716 sobre computadores e 412 laudos sobre dispositivos de armazenamento de dados, além de 140 laudos de exames financeiros e contábeis, 27 sobre locais de internet, 11 sobre local de informática e 16 sobre documentos de engenharia. Os peritos realizaram, ainda, exames de avaliação de bens (4 laudos), de armas (2), de munições (1), de autenticidade de documentos (2) e de áudios e imagens (2). O trabalho da perícia ficou mais em evidência, ainda, recentemente com a divulgação do laudo de 300 páginas sobre o sistema Mywebday, usado pela Odebrecht para registrar movimentação de propinas. A base de dados só pôde ser acessada quando enviada aos peritos, que abriram o sistema e descobriram que algumas provas foram destruídas. “As análises científicas feitas pela perícia criminal federal têm sustentado a Lava Jato dando segurança para os juízes e também para os ministros do Supremo Tribunal Federal tomarem suas decisões”, afirma Marcos Camargo, presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais. Segundo Camargo, ‘houve prejuízo para a operação nas ocasiões em que se dispensou a produção da prova material, produzida pela perícia criminal federal’. “Isso aconteceu em algumas delações fechadas sem a devida análise das provas”, afirma o perito.

Estadão
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