10 de maio de 2018 | 16:05

‘Aqui quem não é tratado assim é delator’, disse agente, segundo Cabral, sobre algemas

brasil

‘Ou você é delator, ou entre na Justiça’, diz ter ouvido o ex-governador Sérgio Cabral do chefe da carceragem da PF em Curitiba, quando teria questionado o uso de algemas para ser levado ao IML. O emedebista prestou depoimento em inquérito que apura suposto abuso de autoridade na imposição do uso das correntes e algemas, em janeiro, quando foi levado para fazer exames no IML antes de ser concluída a sua transferência para a cadeia da Lava Jato em Curitiba. Cabral afirmou, em depoimento ao juiz federal Ali Mazloum, no dia 19 de abril, na sala de sessões do Plenário do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que chegou a questionar o uso de algemas na ocasião. “Mas como ‘determinação’? Que loucura é essa?” “Aí a funcionária inspetora do Depen e o chefe da carceragem disseram: “Aqui quem não é tratado assim é delator. Delator é tratado de outra maneira. Se você quiser não ser tratado assim, entre na Justiça”. Ele quis dizer: ou você é delator, ou você entre na Justiça”, relatou. O emedebista, que acumula 100 anos de prisão em condenações, foi transferido para o no dia 18 de janeiro do Rio para Curitiba, por determinação do juiz Sérgio Moro, após terem sido constatadas supostas regalias em sua cela na Cadeia Pública de Benfica e em Bangu 8. Ao chegar em Curitiba, ele passou uma noite na carceragem da PF, e, no dia seguinte, foi encaminhado ao IML para exames antes de ser efetivada a transferência ao Complexo Médico Penal, em Pinhais. “Aí veio o inspetor e disse: “Pegue suas coisas porque você vai fazer o IML e, do IML, você vai para o CMP”, para o Centro Médico Penal, em Pinhais. Eu peguei as coisas”. Leia mais no Estadão.

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