Foto: Rafael Arbex/Estadão
Fernando Haddad, presidenciável e ex-prefeito de São Paulo 21 de setembro de 2018 | 14:22

Promotor considerou “curioso” contrato assinado por Haddad na Prefeitura

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Na ação em que denunciou o presidenciável Fernando Haddad, o promotor Wilson Tafner, do Ministério Público de São Paulo, citou como “curiosa” a assinatura de contrato entre a Prefeitura de São Paulo e a UTC/Constran durante a gestão do petista. Em março de 2013, seu primeiro ano de governo, Haddad suspendeu licitação herdada do seu antecessor Gilberto Kassab (PSD) para construção de casas populares. Alegou restrição à competitividade. Seis meses depois, porém, assinou o contrato de R$ 82,8 milhões com a UTC/Constran. Nesse meio tempo, em maio de 2013, por meio do doleiro Alberto Yousseff, a UTC pagou uma dívida da campanha de Haddad com duas gráficas no valor de R$ 2,6 milhões. Na denúncia, o promotor não relaciona o valor ao contrato de construção de casas populares na Favela Real Parque 2. Mas observa que “curiosamente, o contrato acabou sendo firmado entre a Prefeitura e o consórcio do qual participava a Constran em 30 de setembro do mesmo ano de 2013”. A assessoria de Haddad diz que o ex-secretário Osvaldo Spuri não informou a ele irregularidades nessa obra. “O que é curioso é que o secretário já se dispôs a esclarecer os fatos, mas o Ministério Público, por alguma razão desconhecida, se nega a escutá-lo”, afirma.

Estadão
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