Foto: Fabio Motta / Estadão
Procedimento apura se empresas compraram pacotes de disparos com mensagens contra o PT 25 de outubro de 2018 | 06:51

Campanha de Bolsonaro pede ao TSE arquivamento de ação sobre WhatsApp

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A defesa do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, pediu nesta quarta-feira, 24, o arquivamento da ação aberta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para apurar as acusações de que empresas compraram pacotes de disparos em larga escala de mensagens no WhatsApp contra o PT e a campanha de Fernando Haddad. A apuração foi aberta pelo ministro Jorge Mussi, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, a pedido do Partido dos Trabalhadores, fundamentada em matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo. Para a campanha de Bolsonaro, as alegações são “vazias”, “sem fundamento” e “sem qualquer prova que pelo menos evidencie a conduta ilegal” atribuída a Bolsonaro e seu vice, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao abrir a ação, Mussi rejeitou o pedido do PT de realização de busca e apreensão de documentos na sede da empresa Havan – que teria comprado o serviço de disparo em massa de mensagens contra o PT, segundo o jornal Folha de S.Paulo – e na residência de seu dono, Luciano Hang. Mussi também negou determinar que o WhatsApp aja para suspender o “disparo em massa de mensagens ofensivas ao candidato Fernando Haddad e aos partidos da coligação”. Os advogados de Bolsonaro também argumentam que a Justiça Eleitoral não tem competência para investigar empresas e pessoas físicas. Para a defesa de Bolsonaro, a frágil tese que sustenta a ação é “apenas uma única matéria (que sequer consta dos autos), de um único jornal, não corroborada por nenhum outro veículo, nem embasada em quaisquer outros meios comprobatórios”. “Trata-se apenas disso. Sim, o espanto é compreensível: a Ação de Investigação Judicial Eleitoral movida pela campanha petista, que se encontra em posição muito inferior nas pesquisas eleitorais, não se baseia em nada”, sustentam os advogados de Bolsonaro. Para os advogados do candidato do PSL, a coligação de Fernando Haddad busca criar “fato político inverídico e a partir daí produzir celeuma midiática”, além de acentuar a polarização política.

Estadão
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