Foto: Dida Sampaio/Estadão
O presidente em exercício do Sendo, Davi Alcolumbre (DEM-AP), entre os senadores Kátia Abreu e Renan Calheiros 01 de fevereiro de 2019 | 19:45

Senado tem tumulto após escolha por voto aberto

brasil

Por 50 votos a dois, o plenário do Senado aprovou, nesta sexta-feira, 1, realizar com voto aberto a escolha do presidente da Casa. A votação foi realizada em meio às discussões sobre a legitimidade do presidente em exercício, Davi Alcolumbre (DEM-AP), de deliberar sobre questões de ordem durante sessão preparatória para a eleição interna. Após o resultado ser anunciado, senadores contrários a Davi se revoltaram. A senadora Kátia Abreu (PDT-TO), por exemplo, subiu à Mesa da Casa e retirou uma pasta com todas as questões de ordem apresentadas até então. “O que é isso, você ficou maluco?”, questionou a pedetista. “Entregue a cadeira (de presidente) ao mais velho. Isso vai parar no Supremo (Tribunal Federal), a sessão vai ser cancelada”, complementou a senadora. A atitude gerou apoios do senador Renan Calheiros (MDB-AL): “tira ele daí, Katia”, pediu Renan. Kátia Abreu (PDT-TO) e Renan Calheiros (MDB-AL) sobem à mesa do Senado e cercam Davi Alcolumbre (DEM-AP), pedindo sua saída da cadeira de presidente da sessão. Os dois sentaram-se ao lado de Alcolumbre. Davi Alcolumbre (DEM-AP), na cadeira de presidente do Senado, disse que pediu a seus auxiliares que trouxessem cópias dos papeis com as questões de ordem levantadas ao longo da sessão. Os originais estão na pasta que a senadora Kátia Abreu (PDT-TO) se recusa a devolver. O senador diz que a votação será retomada assim que ele tiver os novos papeis em mãos. O bate-boca gerado pela aprovação do voto aberto para a eleição da Presidência do Senado provocou pedidos de adiamento da sessão. Com a insistência da senadora Kátia Abreu (PDT-TO) em não devolver uma pasta com questões de ordem para o presidente em exercício, Davi Alcolumbre (DEM-AP), senadores passaram a solicitar que o democrata adie o pleito para a próxima segunda-feira (4). Os pedidos de suspensão partiram, principalmente, dos senadores Omar Aziz (PSD-AM), Jayme Campos (DEM-MT) e Jorge Kajuru (PSB-GO). “Já estou velho para isso aqui. Que vexame isso que está acontecendo. Peço desculpas aos meus filhos, aos meus netos, pelo que está acontecendo aqui. O senhor é do meu partido, mas eu não concordo com o que está acontecendo aqui e vou me retirar se isso continuar”, afirmou Jayme. Já Jorge Kajuru (PSB-GO) disse que o Plenário se comparava não a um hospício, mas “àquele lugar que tem em todos as cidades do interior”, referindo-se de forma indireta a um prostíbulo

Estadão Conteúdo
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