07 de junho de 2019 | 14:42

Com perdas de R$ 600 milhões, Petrobras quer pena maior para furto de combustíveis

brasil

Com perdas acumuladas de ao menos R$ 600 milhões com furto de petróleo e combustíveis em seus dutos, a Petrobras quer penas mais severas para o crime. Nesta sexta (7), a companhia assinou convênio com os estados do Rio e São Paulo para combate ao crime, que vem crescendo de forma acelerada no país. Em 2018, foram 261 ocorrências, 15% a mais do que no ano anterior e 250% a mais do que em 2016. A atividade criminosa gera grandes riscos ao meio ambiente e à vida das pessoas próximas, além de problemas no abastecimento de combustíveis. Em quatro anos, a estatal estima ter perdido 42 milhões de litros de combustíveis em furtos, que lhe custaram R$ 600 milhões. Nesta sexta, lançou um programa de proteção ao transporte de combustíveis por dutos, que prevê a adoção de medidas internas e propõe maior cooperação com autoridades e mudanças legais. Na cerimônia de lançamento, o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, defendeu que o furto de combustíveis tenha tipificação específica no código penal, com penas mais severas. “É um crime que tem repercussões muito amplas, não se trata apenas de mero furto”, afirmou, frisando que a atividade pode resultar em danos ambientais, risco à vida e de desabastecimento de combustíveis. Um projeto de lei apresentado em 2017 no Senado prevê pena de até 30 anos, caso a ocorrência resulte em morte. Segundo o deputado federal Christino Áureo (PP-RJ), que lidera a bancada do Petróleo e Gás na Câmara, já há mobilização em torno de um marco regulatório sobre o tema, tendo como base a proposta do Senado e incluindo medidas de prevenção, como o repasse de recursos de pesquisa e desenvolvimento para o desenvolvimento de tecnologias.

Folhapress
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