Foto: Gustavo Lima/Agência Câmara
O deputado Hildo Rocha (MDB-MA) é relator do crédito suplementar que autoriza governo a tomar empréstimos 10 de junho de 2019 | 18:00

Relator diz que há acordo para votar nesta terça-feira crédito suplementar

brasil

Os partidos de centro e o governo selaram um acordo para garantir a votação nesta terça-feira, 11, na Comissão Mista de Orçamento (CMO) de uma autorização especial para pagar benefícios sociais com dinheiro de empréstimos, disse nesta segunda-feira o relator do crédito suplementar, deputado Hildo Rocha (MDB-MA). O governo precisa do aval da maioria do Congresso para liberar R$ 248,9 bilhões em gastos com aposentadorias do INSS, subsídios agrícolas, benefícios assistenciais a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda e Bolsa Família. Sem esse aval, o presidente Jair Bolsonaro não pode autorizar a despesa, sob risco de cometer crime de responsabilidade, passível de impeachment. Se o crédito não for aprovado logo, os beneficiários poderão ficar sem o dinheiro. Por isso, nos últimos dias, Bolsonaro tem intensificado os alertas nas redes sociais sobre a necessidade de votar o projeto. Segundo Rocha, o acerto para votar o crédito envolve a posterior liberação de recursos adicionais para o Minha Casa Minha Vida, para a conclusão de obras no São Francisco e para a defesa civil. Rocha afirmou que o acordo foi construído neste fim de semana entre o governo e os partidos de centro. “Foi construído acordo e amanhã (terça) vai ter tranquilidade para aprovar na comissão, com exceção da oposição, que deve vir com obstrução feroz”, disse. De acordo com o relator, o governo prometeu R$ 2 bilhões para o Minha Casa Minha Vida e R$ 800 milhões para defesa civil. “É um compromisso que existe do governo”, disse Rocha. “O acordo é esse, vota agora (o crédito da regra de ouro) e vem o outro PLN (projeto que mexe no Orçamento) depois”, afirmou.

Estadão
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