Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O dólar voltou a subir nesta segunda-feira, 15, fechando em alta de 0,48%, a R$ 3,7563 15 de julho de 2019 | 20:55

Depois de cinco quedas seguidas, dólar volta a fechar em alta

economia

Sem a influência da reforma da Previdência, como na semana passada, quando o texto-base foi votado em primeiro turno na Câmara, o mercado financeiro no País sofreu os efeitos do movimento do cenário internacional nesta segunda-feira, 15. O dólar voltou a subir nesta segunda-feira, 15, após cair nos últimos cinco pregões, fechando em alta de 0,48%, a R$ 3,7563. Operadores destacam que o movimento foi um ajuste, sobretudo após o real ser a moeda que mais se valorizou no mercado internacional na semana passada, considerando uma cesta de 35 divisas. Nesta segunda-feira, com a agenda doméstica fraca, o mercado local acompanhou o fortalecimento do dólar no exterior, ante moedas de países desenvolvidos e alguns emergentes. No mercado de ações, a Bolsa fechou em queda de 0,10%, aos 103.802,69 pontos. O volume financeiro foi baixo em relação à média, de R$ 13,2 bilhões. “Na falta de notícias internas, o mercado acompanhou o exterior”, afirma o gerente de tesouraria do Travelex Bank, Felipe Pellegrini. Apesar da alta, ele ressalta que a tendência do dólar ainda é de queda e a moeda pode cair abaixo de R$ 3,70 se houver noticiário positivo, sobretudo sobre a Previdência, como a reinclusão de Estados e municípios no texto. Sem um condutor no plano doméstico, o Ibovespa iniciou a segunda quinzena do mês à deriva. Nesse cenário, houve espaço para os investidores realizarem ganhos e também para mais compras, o que levou o índice à vista, pontualmente, para o nível dos 104,5 mil pontos na máxima do dia. Mas, na maior parte do pregão, o indicador se conteve ao redor da estabilidade. Para Marco Tulli Siqueira, gestor de renda variável da Coinvalores, com o recesso dos parlamentares, que oficialmente tem início dia 18, as oscilações do mercado acionário doméstico vão estar mais ligadas ao movimento dos índices das bolsas no exterior, principalmente em Nova York. Álvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais, também diz acreditar que o recesso parlamentar pode trazer menor volatilidade aos mercados. “Mas é certo que as pressões sobre a reforma da Previdência vão continuar”, afirmou em relatório. As ações ordinárias da Vale se destacaram em alta na sessão, encerrando com ganhos de 1,70%. Também no terreno positivo, as Units do Santander subiram 0,50%. Já Banco do Brasil ON, Itaú Unibanco PN e Bradesco PN tiveram queda de 0,60%, 0,27% e 0,42%, respectivamente.

Estadão Conteúdo
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