Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
07 de agosto de 2020 | 08:49

Ampliar faixa de isenção do IR favorece quem ganha mais, aponta Tesouro Nacional

economia

O aumento da faixa de isenção do imposto de renda, como sugere o governo federal, pode se tornar uma medida regressiva e agravar a distribuição de renda no Brasil, segundo avaliação da Secretaria do Tesouro Nacional. A informação é do G1.

O governo vai propor o aumento da faixa de isenção do IR dos atuais R$ 1.903,99 por mês para cerca de R$ 3 mil.

Na avaliação do Tesouro, os principais beneficiários do aumento da faixa de isenção seriam os que ganham mais de R$ 1.951 por mês — 20% da população. Esses passariam a pagar menos imposto de renda, dinheiro que o governo utiliza para financiamento de programas sociais e custeio da máquina pública.

“Alterações sobre o Imposto de Renda podem ser progressivas ou regressivas. Rever isenções sobre o IRPF é exemplo de medida progressiva e reduz distorções. Por outro lado, o aumento da faixa de isenção do IRPF, é, sim, uma medida regressiva, ou seja, tende a piorar a distribuição de renda ao favorecer as parcelas mais ricas da população. O resultado líquido dessas duas medidas depende do desenho da reforma tributária que venha a ser feita”, afirmou o Tesouro Nacional.

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