Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
A Gol teve prejuízo de R$ 1,696 bi no 3º trimestre 04 de novembro de 2020 | 12:57

Gol tem prejuízo de R$ 1,696 bi no 3º trimestre, mas já vê retorno dos passageiros

economia

Ainda sentindo os efeitos da pandemia de covid-19, a Gol reportou prejuízo líquido de R$ 1,696 bilhão no terceiro trimestre, crescimento significativo na comparação com o prejuízo de R$ 171 milhões em igual período de 2019.

A receita líquida da empresa no trimestre foi de R$ 975 milhões, queda de 74% em relação ao mesmo período do ano passado. A empresa destacou, entretanto, que o resultado representa um crescimento de 172% na comparação com o segundo trimestre.

“A receita mensal iniciou com R$ 240 milhões em julho e terminou com R$ 465 milhões em setembro, representando crescimento de 94% dentro do terceiro trimestre”, informou a companhia, apontando uma retomada de seu negócio.

“Acreditamos que a Companhia está agora em uma posição de mercado vantajosa, à medida em que a demanda por viagens deve se acelerar continuamente em 2020 e 2021”, disse o presidente da Gol, Paulo Kakinoff.

Segundo o executivo, os resultados do terceiro trimestre refletem o retorno dos passageiros depois do pior da pandemia. “O número de clientes voando conosco no terceiro trimestre triplicou em comparação ao segundo trimestre, o que é uma recuperação notável considerando o ambiente desafiador de mercado”, disse. “A Gol prontamente atendeu essa demanda por meio de seu modelo de gestão de frota altamente flexível, ao mesmo tempo em que manteve taxas de ocupação de aproximadamente 80%.”

De julho a agosto a empresa transportou 2,6 milhões de clientes, evolução de mais de 300% na comparação com o período imediatamente anterior. Na comparação anual, entretanto, o desempenho ainda representa uma redução de 73%.

“Durante o feriado de Independência, a Gol registrou 55 mil clientes transportados em um único dia, o que representa 55% do registrado no mesmo período de 2019”, informou a empresa na divulgação do balanço.

Os voos diários da Gol triplicaram para 360 no trimestre e cobriram 134 mercados, representando 39% da frequência diária de igual período de 2019.

Segundo a aérea, a pretensão é restabelecer a capacidade total no mercado doméstico até o fim de dezembro.

A expectativa é que no quarto trimestre a frota operacional média suba de 63 para 92 aeronaves, o que representaria 78% do total visto em 2019. Em dezembro, esse número deve chegar a 94 aeronaves. A expectativa da Gol é elevar a frota em serviço mantendo uma taxa de ocupação de cerca de 80%.

Estadão
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