30 abril 2024
A manhã desta terça-feira, 17, é de perdas para os ativos domésticos, com abertura negativa do Índice Bovespa e instabilidade do dólar ante o real. O viés negativo vem principalmente do exterior, embora as questões políticas e fiscais também preocupem o investidor.
As vendas no varejo dos Estados Unidos tiveram queda de 1,1% em julho, na comparação com o mês anterior, porcentual bem maior que o estimado pelos analistas, de queda de 0,3%. A frustração com o dado acelerou o ritmo de recuo dos índices futuros da Bolsa de Nova York, onde a abertura confirmou o tom negativo. A produção industrial americana teve alta de 0,9% na mesma comparação, melhor que o 0,5% de crescimento projetado pelo mercado.
A consultoria Pantheon considerou que o dado de vendas no varejo dos Estados Unidos decepcionou e destaca em relatório a clientes que o impacto da variante delta da covid-19 deve ser maior em agosto, o que leva a uma revisão em baixa nas projeções para o consumo no terceiro trimestre.
Às 11h17, o Ibovespa caía 0,55%, para os 118.519 pontos. O recuo não era maior graças à ligeira recuperação ensaiada pelas ações de Petrobras e Vale, apesar da queda das commodities no mercado internacional. Em Nova York, os três principais índices de ações registravam queda, com destaque para o Nasdaq, com perda superior a 1%.
Depois de atingir a cotação máxima do dia de R$ 5,2992, o dólar à vista era negociado a R$ 5,2556, com queda de 0,50%. A queda coincidiu com a notícia de que o conselho curador do FGTS aprovou a distribuição aos trabalhadores de R$ 8,129 bilhões do lucro de 2020.
Em meio às rusgas entre o presidente Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), voltou a pedir estabilidade entre os Poderes para que se possa discutir o crescimento do País. Para ele, as “divergências” precisam ser dirimidas com os mecanismos da democracia, sem risco de ruptura institucional. “No Congresso Nacional, tenho buscado não cessar o diálogo e dar às divergências entre instituições o trato democrático. Sacrificar preceitos institucionais seria intolerável”, afirmou.
Bolsonaro voltou a fazer críticas aos ministros do Supremo e prometeu uma “novidade” no caso para esta semana, que ele garantiu estar “dentro das quatro linhas da Constituição”.
Estadão Conteúdo