Polícia Militar da Bahia só vai atuar para retirar bolsonaristas acampados em frente a quartéis se Exército deixar de agir

Antes de adotar qualquer medida mais enérgica, a Polícia Militar da Bahia aguarda que o Exército atue para desmobilizar os acampamentos montados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em frente a quartéis no estado. A informação foi divulgada ao Política Livre pela assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Nesta segunda-feira (09), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que essas áreas sejam desocupadas num prazo de 24 horas, por meio da ação dos agentes de segurança nos estados e com o apoio da Força Nacional e Polícia Federal, se necessário. A medida foi adotada após os atos de violência, terrorismo e vandalismo ocorridos em Brasília, neste domingo (08).

Na Bahia, ainda existem acampamentos bolsonaristas na frente de unidades do Exército, a exemplo de Salvador (Quartel da Mouraria) e Feira de Santana (35º Batalhão de Infantaria). Em Barreiras, os apoiadores do ex-presidente que ocupavam uma área em frente ao 4º Batalhão de Engenharia de Construção já deixaram o local.

Nesta segunda, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) teve uma reunião de trabalho com as pastas de Segurança, Justiça e outras áreas estratégicas da gestão para manter a atuação conjunta de monitoramento, acompanhamento e combate aos atos antidemocráticos registrados em Brasília. O comandante da Polícia Militar, Coronel Paulo Coutinho, a delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, e a procuradora-geral do Estado, Bárbara Camardelli, participaram da reunião, ao lado de secretários estaduais, incluindo o da SSP, Marcelo Werner.

Dentre as demandas do grupo de trabalho está o cumprimento da ordem de Alexandre de Moraes para que as áreas de acampamento em frente aos quartéis do Exército Brasileiro sejam liberadas. A agenda desta manhã antecede a reunião com os governadores, nesta segunda-feira (9), agendada para às 18h, na capital federal, com o objetivo de impedir que novos atos antidemocráticos se espalhem pelo país.