Foto: Reginaldo Ipê/CMS
O petista assumiu uma cadeira na Câmara Municipal de Salvador após Maria Marighella ter sido nomeada a nova presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte) 09 de fevereiro de 2023 | 12:47

Arnando Lessa diz ver com ‘naturalidade’ pretensão de Geraldo em disputar Prefeitura e promete ‘grandes debates’ na Câmara

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Um dia após assumir uma cadeira na Câmara Municipal de Salvador (CMS), o vereador Arnando Lessa (PT) declarou, em conversa com este Política Livre na manhã desta quinta-feira (9), que vê com “naturalidade” a pretensão do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) em se lançar candidato à Prefeitura.

O emedebista tem dito em entrevistas que apenas colocará o seu nome na disputa pelo Palácio Thomé de Souza se for o postulante único do seu atual grupo político. Lessa alertou que é preciso “começar a construir” quem representará o governo do Estado no pleito municipal de 2024.

“Vejo com naturalidade a pretensão do vice Geraldo Júnior. Precisamos começar a construir isso, seja com Geraldo, seja com Vilma Reis ou seja com Suíca. Os nomes são secundários, precisamos construir um projeto de unidade das forças de oposição para estarmos juntos em Salvador, Feira de Santana, dentre outros municípios”, disse.

“O primeiro passo é construir um projeto. O nome é uma coisa de segundo momento, mas vejo com legitimidade. Não sei quais as tarefas que ele [Geraldo] vai abandonar ]deixando a vice-governadoria], mas se vier [a ser definido o seu nome] eu não tenho nenhum problema”.

“Passou o Carnaval e ela [essa discussão] vai vir à tona. Estamos a menos de um ano para abrir 2024. O PT vai colocar os seus nomes. Geraldo Júnior e o MDB colocarão os seus nomes. Mas vejo de forma natural se afunilarmos para apoiar Geraldo Júnior”, acrescentou.

De volta à Câmara, o petista contou que foi escolhido pelo presidente da Casa, Carlos Muniz (PTB), para ser vice-presidente de uma “comissão ou uma frente para debater a questão do destino final do lixo em Salvador”.

“Primeiro, fiquei mito feliz nesse primeiro momento com a receptividade do meu retorno à Câmara. Segundo, eu fiquei nas comissões que [Maria] Marighella estava. O presidente [Carlos] Muniz me convidou para a vice-presidência de uma comissão importante, que é uma comissão ou uma frente para debater a questão do destino final do lixo em Salvador, sobre a questão do aterro sanitário soteropolitano”, contou.

“Um tema interessante e estratégico. Esse é um problema muito sério que podemos ter que enfrentar. Eu aceitei e vou ser vice-presidente dessa comissão. Outra questão que desejo aprofundar o debate é de um esforço para debater a cidade”.

“A cidade tem que se sentir representada na Câmara com grandes debates, como a questão do transporte coletivo, a tarifa e a qualidade dos serviços prestados; debates sobre o VLT, sobre o BRT, sobre o metrô… o ferryboat também é um elemento. E também vou propor para fazer uma debate sobre contribuição de iluminação pública, a Cosip”, emendou.

“É uma contribuição federal que tem uma legislação irregular na aplicação dos recursos em Salvador. E a Câmara precisa ajustar isso. É uma contribuição ilegal, uma arrecadação que a Prefeitura arrecada mais do que precisa. É um debate interessante a se fazer. A Prefeitura precisa explicar o que está acontecendo”, continuou o edil.

Mateus Soares
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