Foto: Montagem/Fábio China
Tinoco, Duda Sanches e Paulo Magalhães Jr. disputam a indicação do partido para o comando da CCJ 06 de fevereiro de 2023 | 21:30

Indefinição na base do governo sobre comando da CCJ barra formação de comissões na Câmara de Salvador

exclusivas

A indefinição sobre a composição e o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de Salvador adiou a formação dos 13 colegiados permanentes da Casa. Havia um acordo entre o Executivo e a base governista para que o vereador Cláudio Tinoco (União) assumisse o comando da CCJ, mas outros dois edis do mesmo partido, Paulo Magalhães Júnior e Duda Sanches, decidiram disputar a indicação.

O presidente da Câmara, Carlos Muniz (PTB), espera que haja um entendimento até esta terça-feira (7). Ele almeja publicar no Diário Oficial de quarta-feira (8) a composição das comissões, cada uma formada por sete vereadores titulares e dois suplentes, incluindo o presidente e o vice, escolhidos pelos membros com base na orientação interna dos líderes.

Caso não haja acordo sobre comissões, cujos membros devem ser indicados pelos líderes partidários com base na proporcionalidade das forças políticas do Legislativo, Carlos Muniz tem poderes para interferir no processo. A definição começa pela CCJ, porque trata-se da comissão mais importante, por onde passam todos os projetos e iniciativas legislativas. Os partidos aguardam a definição da composição deste colegiado para definir os demais.

Em dezembro, este Política Livre informou em primeira mão que um acordo entre o prefeito Bruno Reis (União) e a base governista para pacificar a Câmara envolveu o nome de Cláudio Tinoco para a presidência da CCJ e de Daniel Alves (PSDB) para o comando da Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização, considerada a segunda mais importante da Câmara. Paulo Magalhães Júnior iria para a Procuradoria Parlamentar e Duda Sanches seria secretário municipal de Cultura e Turismo.

Duda Sanches recusou o convite do prefeito, enquanto Paulo Magalhães Júnior demonstra agora pouco interesse na Procuradoria, apesar da disposição de Carlos Muniz em nomeá-lo para a função e cumprir a parte no acordo que envolveu o fim dos questionamentos judiciais sobre a posse do atual presidente da Casa. Os dois vereadores, então, decidiram pleitear junto ao líder da maioria, Kiki Bispo (União), a presidência da CCJ.

A base do governo ficará com o comando das duas principais comissões na Câmara por ter ampla maioria na Casa, formada por 31 vereadores.

Política Livre
Comentários