Foto: Divulgação/Ascom
Titular da Sepromi, Ângela Guimarães (PCdoB) 22 de março de 2023 | 13:10

Bahia Sem Fome: Governo quer implantar cozinhas comunitárias e estuda criação de auxílio financeiro

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O governador Jerônimo Rodrigues (PT) pretende lançar nesta sexta-feira (24) o programa Bahia Sem Fome, a maior ação dos primeiros 100 dias de gestão. Como medida emergencial, a iniciativa pretende garantir a doação de alimentos por meio do funcionamento de uma rede de solidariedade envolvendo órgãos públicos, entidades religiosas, do terceiro setor e privadas. No futuro, existe um estudo para a criação de um auxílio financeiro pago a famílias mais pobres, como complemento ao Bolsa Família.

“Isso (auxílio financeiro) não está definido, mas o governo do Estado estuda essa possibilidade. Estão sendo feitos os cálculos com exatidão, mas não é para esse momento”, disse ao Política Livre a titular da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), Ângela Guimarães (PCdoB).

Ela destacou que o governo já paga a Bolsa Presença para os estudantes da rede estadual, além de assegurar auxílio financeiro a estudantes universitários que fazem pesquisa na graduação e na pós-graduação. “Identificamos que existem famílias que dependem exclusivamente desses recursos para sobreviver. Trata-se também de uma ação fundamental dentro do programa, tanto que as bolsas foram reajustadas, o que é importante para manter os alunos contemplados nas universidades estaduais”, ressaltou a secretária.

Ângela Guimarães contou que a Sepromi lançará, dentro do Bahia Sem Fome, um edital para a inclusão produtiva de povos e comunidades tradicionais – índios e quilombolas. “Iremos ajudar a estruturar sistemas simplificados de produção voltados a apoiar esse segmento. Assim como a Secretaria de Promoção para as Mulheres (SPM) irá publicar editais beneficiando as mulheres produtoras rurais. O programa prevê, a longo prazo, uma série de medidas estruturantes, coordenadas pela Casa Civil, englobando todo o governo”.

A secretária citou outras iniciativas do Bahia Sem Fome, que deve atingir um público de dois milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar na Bahia. O governador pretende anunciar, por exemplo, o estímulo à implantação de cozinhas comunitárias na capital e no interior. “Existem pessoas que não têm condições de, recebendo o alimento, transformar em refeição nutritiva porque não tem acesso a gás, a fogão. Estamos mobilizando uma rede para estruturar essas cozinhas. Muitas vezes não basta entregar a cesta básica”.

Política Livre
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