Vereadora da oposição diz que teve filha de 10 anos barrada na Prefeitura; Executivo promete tomar providências

A líder da oposição na Câmara Municipal de Salvador, vereadora Laina Crisóstomo (PSOL), utilizou a tribuna da Casa na sessão desta terça-feira (14) para denunciar que a filha de 10 anos foi barrada na garagem do Palácio Tomé de Souza, sede da Prefeitura, que fica em frente ao prédio do Legislativo. O local também serve de estacionamento para os edis.

Ele declarou que um policial impediu a criança de circular no espaço porque a mesma estava de short. “A gente precisa debater a questão da política de gênero com tranquilidade, mas com a certeza de construir espaços acolhedores para as mulheres. Se não podemos trazer nossas filhas ou filhos para a Câmara, para onde mais levaremos? E como vamos incluir as mulheres mães?”, questionou.

Ela afirmou ainda que o Regimento Interno da Câmara só proíbe o uso de shorts para o público acima de 14 anos. A vereadora considerou a atitude do policial como uma “violência” e cobrou um posicionamento da Mesa Diretora. “O policial que barrou minha filha não consegue entender o espaço da política como um espaço a ser ocupado”.

Em nota a este Política Livre, a Prefeitura de Salvador disse que “se solidariza” com a vereadora Laina Crisóstomo (PSOL) e “lamenta” o episódio relatado por ela nesta terça-feira (14), em discurso na Câmara Municipal. “A Prefeitura vai apurar o que ocorreu e tomar todas as providências cabíveis para que situações como essa não se repitam”, diz o texto.