Líder da oposição na Assembleia defende instalação da CPI do MST; decisão deve sair ainda esta semana

Líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado Alan Sanches (União) defendeu a instalação da CPI do MST na Casa, proposta pelo deputado Leandro de Jesus (PL). O requerimento com o pedido de criação da comissão de investigação está em fase de análise pela Procuradoria Jurídica, segundo informou o presidente do Legislativo, deputado Adolfo Menezes (PSD).

“A CPI tem 30 assinaturas de deputados e deputadas e preenche todos os requisitos regimentais para a instalação. Temos uma motivação, um fato determinado, que são as invasões de terras produtivas e particulares no Estado, e precisamos investigar isso, até para dar um freio. E temos assinaturas mais do que suficientes, pois o mínimo são 21”, disse Alan Sanches ao Política Livre.

“Acho que o presidente Adolfo Menezes sempre atuou de forma republicana aqui na Casa. Como preenchemos todos os pré-requisitos, acredito que a CPI tem que ser instalada. Essa é a nossa expectativa”, acrescentou o parlamentar.

Como já havia antecipado o site, Alan confirmou que informalmente a oposição já tem até os membros para integrar a comissão: os deputados Leandro de Jesus, que reivindica a presidência do colegiado por ser o proponente, Manuel Rocha (União) e Robinho (União). Mas a indicação formal só pode ser feita após a instalação, quando houver solicitação do presidente da Casa, em um prazo de até 180 dias. Dos oito membros do colegiado, caso ele seja instalado, cinco serão do governo e três da oposição, com base na proporcionalidade de forças do Legislativo

A base do governo acredita que a CPI não será instalada, e, por isso, não cogitou ainda, ao menos abertamente, a indicação de membros. O Política Livre apurou que a decisão sobre a instalação ou não da comissão será anunciada por Adolfo Menezes ainda esta semana, com base no parecer jurídico.

No próximo dia 25, a partir das 14h, produtores rurais planejam uma visita à Assembleia para pressionar os parlamentares por uma resposta mais firme às invasões promovidas por movimentos sociais próximos ao PT. Nesta segunda (17), o MST esteve na Casa para pressionar pacificamente contra a instalação da CPI.