Foto: Divulgação/Agência Alba
o líder do União Brasil, Marcinho Oliveira, acusou a empresa de "desrespeito continuo aos baiano 18 de abril de 2023 | 19:35

UPB, deputados federais e estaduais criticam Via Bahia em audiências na Câmara Federal e na Assembleia

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A Via Bahia, responsável pela cobrança de pedágio nas BRs 101 e 116, foi alvo de críticas de parlamentares e de prefeitos nesta terça-feira (18), em Salvador e Brasília. O presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), José Henrique Silva Tigre, mais conhecido como Quinho (PSD), prefeito de Belo Campo, disse, numa audiência em Brasília, que os “interesse privados ultrapassam os públicos”, no caso da concessionária. Na Assembleia Legislativa, o líder do União Brasil, Marcinho Oliveira, acusou a empresa de “desrespeito continuo aos baianos, em debate na Comissão de Infraestrutura.

Em Brasília, Quinho participou de uma audiência convocada pela Comissão de Fiscalização e Finanças da Câmara Federal, por meio do requerimento de autoria do deputado baiano Jorge Solla (PT). A reunião serviu para cobrar providências da concessionária e da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) para que a obra de duplicação da BR-116 seja realizada.

“Eu fico muito triste com esse posicionamento da Via Bahia e não consigo compreender como os interesses privados ultrapassam os interesses públicos, mesmo diante de tantas situações, ao longo desses 14 anos de dificuldades de trafegabilidade e principalmente da questão de acidentes. São tantas mortes, acidentes e pessoas em cima de uma cama por invalidez. Estamos tratando de vidas humanas que são perdidas diariamente”, disse Quinho.

“A duplicação da BR-116, o trecho mais especificamente entre o Paraguaçu e a fronteira com Minas Gerais, é uma agenda prioritária para população de nosso Estado e para aqueles brasileiros que atravessam a Bahia em direção a outros pontos do Nordeste ou do Sudeste. Esses trechos cortam cidades com importante contingente populacional, entre elas Vitória da Conquista”, acrescentou Jorge Solla.

Na Comissão de Infraestrutura da Assembleia, na sessão desta terça-feira, Marcinho Oliveira disse que as críticas à Via Bahia “unem oposição e governo, como forma de repúdio”. Ele lembrou que no último dia 4 o presidente da concessionária, José Pedro Guerreiro Bartolomeu, prometeu aos parlamentares do mesmo colegiado que faria mudanças para melhorar os serviços prestados aos baianos.

“Mas não mudou nada. Na semana passada tivemos a mesma situação de praças de pedágio lotadas, sendo que nem era véspera de feriado, com duas cabines apenas funcionando e uma fila de 400 metros. Não podemos aceitar isso. É inadmissível. E eles ainda querem aumentar o valor do pedágio”, protestou o parlamentar.

Na audiência na Assembleia, Bartolomeu falou sobre a duplicação da BR-116. Ele disse que a não realização de obras represadas no valor de R$ 8 bilhões se dá por conta da não revisão contratual prevista para ser feita a cada cinco anos, o que significa aumento de tarifa.

Vale lembrar que no governo Jair Bolsonaro (PL) o então ministro da Infraestrutura e atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (PL), prometeu tomar providências contra a Via Bahia. Em alguns momentos, ele chegou a dizer que expulsaria a empresa das rodovias, o que não aconteceu e as queixas persistem.

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