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Alice Portugal e Cláudio Cajado 10 de junho de 2023 | 16:36

Velhos conhecidos da Funasa, dois deputados baianos disputam chefia da superintendência do órgão que Lula queria extinguir

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Antes mesmo de ser recriada pelo Congresso Nacional, após extinta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) já havia, como de praxe, se tornado motivo de disputa política, mesmo não tendo mais a mesma força do passado. Isso vale também para os cargos do órgão nos estados, o que inclui a Bahia, onde pelo menos dois deputados federais disputam a indicação da chefia da superintendência.

O Política Livre apurou que a deputada Alice Portugal (PCdoB) e Cláudio Cajado (PP) estariam de olho na estrutura. A primeira é aliada antiga do PT, enquanto o segundo, que acabou de relatar o novo marco fiscal, já foi ligado ao ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) e apoiador do ex-governador Rui Costa (PT), atual ministro da Casa Civil, além de ser próximo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e integrar o chamado Centrão.

Ambos já indicaram, no passado, os superintendentes da Funasa. No segundo governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Alice emplacou o administrador e sindicalista Vicente José de Lima Neto, do PCdoB da Bahia, para o posto. No governo Jair Bolsonaro (PL), a ex-prefeita de Dias D’Ávila, Andrea Xavier, esposa de Cláudio Cajado, foi a titular da órgão em solo baiano.

Em janeiro de 2020, a atual superintendente da Funasa, Keyla Oliveir Pinto, substituiu, com as bençãos de Cajado, a ex-prefeita de Dias D’Ávila, que na época assumiu a diretoria de Administração e Finanças da Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), também por indicação do deputado do PP, então aliado tanto de Bolsonaro quanto do PT baiano.

Quando Lula tomou posse, decidiu extinguir a Funasa e distribuir parte de suas competências entre os ministérios da Saúde e das Cidades. Mas o Congresso Nacional alterou a Medida Provisória editada pelo Planalto mantendo vivo o órgão nos moldes da gestão anterior.

Agora, deputados pressionam o Planalto para reestruturar o quadro administrativo e orçamentário da instituição, que perdeu peso político com o esvaziamento de cargos e de capilaridade. Essa reestruturação passa pela recomposição do orçamento da Funasa, que também foi redistribuído com a extinção.

Política Livre
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