Juiz que quis contratar apenas estagiários trans e não-binários acusa ex-vereador de agressão física

O juiz baiano Mário Gomes foi às redes sociais neste domingo (16) acusar o ex-presidente da Câmara de Mata de São João Agnaldo Cardoso de agressão física em uma casa noturna. Segundo ele, Cardoso é ex-companheiro do corregedor-geral de Justiça da Bahia, José Edivaldo Rocha Rotondano, que vetou um edital de contratação de estagiários para o gabinete de Gomes.

No início do ano, o juiz Mário Gomes causou polêmica ao abrir inscrições de estágio remunerado para estudantes do curso de Direito cuja preferência para concorrer às vagas passa por imposições raciais e sexuais dos candidatos. O documento afirma que o processo seletivo priorizaria candidatos “trans e não-binários” e de preferência de “cor preta”. Além disso, depois teriam preferência as pessoas “declaradamente gays e lésbicas”, bem como “pretas”. Após Rotondano vetar o edital, Gomes chamou-o de ‘gay não assumido’ em uma entrevista concedida ao jornal “A Tarde” em maio deste ano.

“O ex-companheiro do atual Corregedor Geral de Justiça da Bahia, e ex-vereador de Mata de São João Agnaldo Cardoso, ao passar por mim numa casa noturna, agora à noite, rasga minha camisa e me ameaça. Mas tá tudo certo na Bahia. É tudo gente de bem. A Corregedoria Geral de Justiça do Estado da Bahia está serena e cumprindo os seus deveres com retidão. Alguém comunica ao CNJ? Pq eu já estou no meu limite.#cnj [sic]”, escreveu o magistrado no Instagram.

Ele também postou a foto de uma requisição de exame pericial de lesão corporal, elaborada pela 26ª Delegacia Territorial da Polícia Civil (Vila de Abrantes – Camaçari).

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