6 maio 2024
O presidente Lula (PT) passou a considerar a possibilidade de indicar uma mulher para o Supremo Tribunal Federal (STF). Pressionado publicamente por movimentos sociais, ele começou a colher informações sobre possíveis candidatas ao cargo.
A ministra Rosa Weber se aposenta em outubro. Sem ela, apenas uma mulher integrará a Corte: Cármen Lúcia, indicada pelo próprio Lula em 2006, quando exercia seu primeiro mandato de presidente.
O problema essencial de Lula permanece: ele não quer indicar para a Corte uma pessoa em quem não deposite confiança irrestrita e com quem tenha uma proximidade razoável.
Assim como Jair Bolsonaro (PL) afirmava que indicaria ao Supremo alguém que tomasse cerveja ou tubaína com ele, referindo-se a uma proximidade mínima, interlocutores de Lula dizem que o petista não quer indicar alguém para quem não possa ao menos telefonar, se necessário. E não há hoje, nos meios jurídicos, uma mulher que se encaixe automaticamente nesse perfil.
Por outro lado, há juízas, desembargadoras, ministras de cortes superiores e advogadas com histórico considerado progressista e que teriam apoio de setores da esquerda para o cargo. É sobre elas que Lula está recebendo informações.
Na lista estão, entre outras, a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Regina Helena Costa, a desembargadora do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Simone Schreiber, e as advogadas Dora Cavalcanti e Flávia Rahal.
Mônica Bergamo/Folhapress