Presidente da Câmara de Feira registra boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher contra três vereadores

A presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana, Eremita Mota (PSDB), registrou, na manhã desta sexta-feira (18), um boletim de ocorrência, na Delegacia especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), contra os vereadores Edvaldo Lima, Fernando Torres e José Carneiro por violência política de gênero. Segundo a vereadora, ela teve a honra ofendida e foi intimidada durante as sessões ordinárias de quarta e quinta-feira desta semana.

De acordo com Eremita Mota, ela foi intimidada pelo vereador governista Edvaldo Lima, na quarta-feira, após fazer uma denúncia contra o prefeito Colbert Martins. Na quinta-feira (17), ainda conforme a presidente da Câmara, ela foi xingada pelo vereador Fernando Torres após um desentendimento durante a sessão. Já o vereador José Carneiro, reincidente, disse que a vereadora estava sem tomar medicação, sugerindo, segundo Eremita, que ela tem algum problema psiquiátrico.

“Espero e acredito na polícia e na Justiça, por isso estou aqui hoje. Se fazem comigo que sou a presidente da maior Câmara do interior da Bahia e sob o olhar da população, que diariamente assiste a transmissão das sessões, podem fazer pior contra outras que não despertem a mesma atenção”, disse Eremita. Na DEAM, ela estava acompanhada do procurador geral do Legislativo, André Novaes, do subprocurador, Tadeu Velame, e do ouvidor da Casa, Franklin Dórea.

Além do boletim de ocorrência, a presidente da Câmara disse que vai entrar com uma representação na Corregedoria da Casa, contra os três vereadores por quebra de decoro parlamentar, com a consequente aplicação da pena de perda do mandato, em virtude da violação do decoro parlamentar.

Eremita também fez questão de ressaltar que essa não foi a primeira vez que sofreu ataques por parte de alguns vereadores e que em fevereiro passado ingressou com queixa-crime contra Fernando, José Carneiro e Paulão: “Não podemos mais aceitar esse tipo de comportamento aqui na Casa da Cidadania. Nem comigo, que sou mulher, nem com ninguém. É preciso ter respeito”.