18 de setembro de 2023 | 12:12

Depois de aprovar afastamento do governo estadual, PSOL pode lançar Hilton Coelho à Prefeitura em 2024

Depois de deixar a base do governo na Assembleia Legislativa, decisão anunciada ontem num Congresso em Salvador, o PSOL também deve lançar candidato à Prefeitura em 2024. A informação foi confirmada a este Política Livre hoje pelo deputado estadual Hilton Coelho, do partido, que se inscreve entre os nomes que avaliam com carinho a candidatura na sigla – os outros são Tamara Azevedo, Kleber Rosa, que concorreu ao governo no ano passado, e Hamilton Assis.

O PSOL esperar unir em torno do nome escolhido os demais partidos que Hilton afirma pertencerem à chamada esquerda socialista ou revolucionária na capital baiana – PSTU, PCB e Unidade Popular, siglas que a esquerda tradicional chama de radicais ou ‘xiitas’. Se a candidatura se viabilizar, esta será a terceira vez que Hilton, o único deputado estadual do PSO na Bahia, vai disputar a sucessão municipal em Salvador. A última foi em 2018.

“Acredito que a candidatura fortalece a posição da esquerda socialista, que precisa dizer o que pensa sobre várias políticas do atual governo, assim como sobre a situação na segurança pública, os precatórios do Fundef e a situação ambiental, só para citar alguns exemplos”, afirma o parlamentar, criticando o que chama de recuo do governo em relação à colocação de câmeras nas fardas de policiais da PM.

Sobre a guerra contra as facções criminosas que a administração estadual empreende neste momento, Hilton diz que a situação merece um debate técnico e profundo que não pode se limitar à ‘matança’ de pessoas. “O governo tem que ter um programa para resolver as demandas sociais. Há manchas nas áreas urbanas onde o crime dá as cartas. Não é a cidade toda. O Estado tem que atuar mais fortemente nestas áreas”, afirma.

Com a decisão de se afastar do governo, pelo menos 10 militantes do PSOL deverão deixar suas funções no Estado ou, caso decidam permanecer nos cargos, a própria agremiação. Apesar de ter apoiado Jerônimo Rodrigues no segundo turno, o PSOL não assumiu o comando de nenhum órgão estadual, segundo o deputado.

Comentários