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O presidente da (UGT-BA), Marcelo Carvalho 03 de novembro de 2023 | 16:00

UGT-BA afirma que combate ao trabalho análogo à escravidão é dever de todo baiano

Após denúncia de mais 11 casos de trabalhadores resgatados em condições análogas à escravidão na Bahia, o presidente da UGT-BA e do Conselho Estadual Tripartite Paritário de Trabalho e Renda (Ceter-BA), ligado à Setre, Marcelo Carvalho, reafirmou nesta sexta-feira (3) que essas ações não podem parar, e que o governo federal conta com o apoio da central sindical para que intensifique o combate. Ele se referiu à fiscalização em que seis pessoas foram resgatadas de condições degradantes no município de Várzea Nova e cinco no município de Jacobina. Todas elas trabalhando em plantações de sisal. A operação contou com auditores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Defensoria Pública da União (DPU) e a Polícia Federal (PF).

“É da maior importância o combate tanto ao trabalho escravo ou análogo à escravidão que vem sendo feito por parte do governo federal. Mas esse é um dever de todo baiano, que deve ajudar o MPT a combater esse mal, denunciando toda e qualquer forma de exploração de trabalhadores vulneráveis. Quase 60% dos casos de regaste de trabalhadores em regime análogo à escravidão encontram-se na Bahia. Nós dizemos não a essas práticas. Participamos da agenda do trabalho decente nos 27 territórios de identidade do Estado, que tem a preocupação de identificar o trabalho infantil, trabalho análogo à escravidão, exploração sexual de meninas e adolescentes no interior da Bahia. Onde houver exploração ilegal em relação ao trabalho, nós apontamos e denunciamos”, diz Marcelo Carvalho.

A Lista Suja do Trabalho Escravo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgada no mês passado, colocou a Bahia, junto com o Piauí, em 1° lugar do Nordeste em número de empregadores que submeteram pessoas a condições análogas à de escravidão. De acordo com o MTE, ao menos 99 trabalhadores foram submetidos às condições de trabalho similares à escravidão na região nos últimos anos. Em maio, auditores fiscais do MTE resgataram 25 trabalhadores em uma fazenda de café, no município de Encruzilhada. Foram encontrados também crianças e adolescentes residindo nos alojamentos com suas famílias. No começo desse ano, 198 trabalhadores baianos submetidos a jornadas de trabalho humilhante, agressões e falta de estrutura foram resgatados em vinícolas do RS.

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