Foto: Fábio Pozzebom/Arquivo/Agência Brasil
Celso Amorim 16 de abril de 2024 | 12:19

Amorim deve viajar à Rússia e prevê discutir Ucrânia com representante de Putin

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Um ano depois de ter se reunido em Moscou com o presidente Vladimir Putin, o principal conselheiro de Lula para temas internacionais, Celso Amorim, viaja na próxima semana à Rússia para um encontro de assessores de segurança nacional dos países do Brics.

De acordo com pessoas a par da agenda, a expectativa é que Amorim discuta a guerra da Ucrânia em reuniões bilaterais com Iuri Ushakov, assessor internacional de Putin, e Nikolai Patrushev, do Conselho de Segurança da Rússia. Esse encontro do Brics ocorre em São Petersburgo.

O Brics é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Foram incorporados neste ano Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã.

De acordo com a mídia russa, o encontro de assessores de segurança do bloco vai debater questões de proteção da população em meio a conflitos militares e emergências climáticas.

A visita de Amorim à Rússia em abril do ano passado foi criticada por países do Ocidente por ele não ter passado, na ocasião, pela Ucrânia.

À época, o posicionamento que o Brasil vinha adotando sobre o conflito vinha sofrendo oposição dos Estados Unidos e do próprio governo ucraniano, que o consideravam excessivamente pró-Moscou. O assessor de Lula também visitou a França naquela viagem.

O próprio Putin recebeu Amorim no ano passado, em uma conversa que durou uma hora.

Poucas semanas depois, Amorim realizou uma viagem a Ucrânia, numa tentativa de mostrar que o Brasil mantinha uma posição equilibrada em relação à guerra.

Além da Rússia, Amorim deve passar na próxima semana por França e Alemanha, onde também se reúne com suas contrapartes —assessores internacionais e de segurança do presidente Emmanuel Macron e do primeiro-ministro Olaf Scholz.

Na França, outro tema que deve estar na agenda de Amorim é a crise na Venezuela, uma vez que Macron foi o líder europeu que tratou do tema em uma reunião, no ano passado em Bruxelas, com Lula e outros líderes sul-americanos.

Ricardo Della Coletta/Folhapress
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