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Inauguração da etapa final do BRT, nesta quinta-feira (25) 25 de abril de 2024 | 13:21

Ao lado de críticos da obra num passado recente, a exemplo de Afonso Florence, prefeito exalta BRT de Salvador

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Em maio de 2018, o então deputado Afonso Florence (PT) bateu boca com o colega Paulo Azi (União) na Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara Federal. O motivo da discussão foi o BRT de Salvador, intervenção assinada pela Prefeitura. O atual chefe da Casa Civil do governo Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou, na ocasião, que projeto do modal era ruim porque concorria com o metrô, além de apontar questões como a derrubada de árvores na cidade. Ironicamente, Afonso estava no mesmo palanque do prefeito Bruno Reis (União) durante a inauguração da etapa final do BRT, nesta quinta-feira (25).

As críticas de Afonso, no entanto, nem passam perto do tom que já foi adotado pelo ex-governador e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), que, segundo o ministro das Cidades, Jader Filho (MDB), presente na inauguração de hoje, se tornou um defensor da obra. Desde 2018, quando a intervenção foi iniciada na gestão do ex-prefeito ACM Neto (União) – presente na inauguração de hoje -, Rui já chamou o BRT de “minhocão” que “nasceu ultrapassado”, que era “feio” e que “não tinha nem pé nem cabeça”, além de concorrer com o metrô.

O trecho do BRT inaugurado nesta quinta é o de número dois, ligando a Estação da Lapa ao bairro da Cidade Jardim. Em seu discurso, Bruno Reis ressaltou, novamente, que o modal tem um traçado diferente do metrô. O BRT não conta com recursos estaduais, mas federais. Assim como a secretária estadual de Desenvolvimento Urbano, Jusmari Oliveira (PSD), Afonso marcou presença por conta da participação de Jader Filho, que representou Lula.

Ao mesmo tempo em que elogiou o governo Lula, do qual o União Brasil é aliado, pela liberação dos recursos federais para a conclusão do BRT, Bruno Reis não deixou de cutucar o PT da Bahia em discurso. No que muitos entenderam como uma crítica à gestão petista no Estado por conta de intervenções que nunca saíram do papel, a exemplo do VLT e da ponte Salvador-Itaparica, o prefeito declarou que sempre assumiu as responsabilidades, ao invés de ficar dando desculpas.

“Agradeço aqui pela presença do chefe da Casa Civil do governo estadual, Afonso Florente, e à secretária e deputada Jusmari. Agradeço também pela presença dos representantes da Caixa Econômica Federal. A Caixa ajudou no financiamento e repassou os recursos que vieram do Ministério das Cidades. Essa, sem sombra de dúvidas, é uma obra histórica para a cidade, que tem um traçado diferente do metrô e que beneficia o chamado novo centro comercial de Salvador. É uma intervenção que vai muito além do transporte público”, disse Bruno Reis.

O prefeito destacou que a obra também solucionou problemas de macrodrenagem. “O BRT circula por um trecho em que sete de cada dez ônibus da cidade passam. Agora, essas pessoas serão transportadas com mais segurança e rapidez. E resolvemos problemas de infraestrutura, como a macrodrenagem do RIo Camarajipe. Estamos deixando um grande legado para Salvador”, frisou Bruno Reis.

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