Foto: Zeca Ribeiro/Arquivo/Agência Câmara
Arthur Lira, presidente da Câmara 16 de abril de 2024 | 10:40

Governo Lula exonera primo de Lira de cargo no Incra após cobrança de MST por troca de comando

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O governo Lula (PT) exonerou Wilson César de Lira Santos, primo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do cargo de superintendente regional em Alagoas do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (16).

César Lira foi nomeado em 2017, ainda na gestão Michel Temer (MDB) por indicação do deputado federal Marx Beltrão (PP-AL). Permaneceu no cargo durante o governo Jair Bolsonaro (PL) com o apadrinhamento de Lira e seguiu no posto no do primeiro ano de Lula.

O Diário Oficial traz ainda a troca no substituto de Lira Santos. Andressa Torres perdeu a atribuição, que passou para o engenheiro agrônomo José Ubiratan Rezende Santana, servidor do órgão.

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e outros seis movimentos sociais campesinos pediram a troca do primo de Lira por Santana em abril do ano passado, quando invadiram a sede do Incra em Maceió.

“É inaceitável a continuidade de uma gestão bolsonarista. Por que o governo Lula mantém por tanto tempo (mais de cem dias de governo) um superintendente inimigo da Reforma Agrária e com um histórico de violência junto a lideranças e comunidades?”, questionou, em nota, a entidade na ocasião.

A troca acontece em paralelo à briga entre o presidente da Câmara e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT-SP).

Lira atacou Padilha na quinta-feira (11) ao chamá-lo de incompetente e dizer que o petista é seu desafeto pessoal em entrevista para veículos locais no Paraná

O ministro respondeu no dia seguinte antes de evento no Rio de Janeiro. Padilha disse que não desceria ao nível do opositor e repetiu algumas vezes versos do rapper Emicida: “rancor é tumor, envenena a raiz, e a plateia quer ser feliz”. Ele disse ainda que sua mãe lhe ensinou que “quando um não quer, dois não brigam”.

Lucas Marchesini /Folhapress
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