Leo Prates garante apoio a Débora Régis em Lauro de Freitas e diz que PDT fez gesto a Bruno Reis ao aceitar duas vereadoras de mandato

Presidente do PDT de Salvador e membro da Executiva estadual do partido, o deputado federal Leo Prates disse nesta sexta-feira (12), ao receber a Comenda Dois de Julho da Assembleia Legislativa, que não seguirá o caminho da neutralidade adotado pelo partido em Lauro de Freitas após a vereadora Débora Régis, pré-candidata a prefeita, trocar o PDT pelo União Brasil. O parlamentar garantiu ainda que a disputa pela filiação partidária da edil do município da Região Metropolitana não afetou a relação da cúpula pedetista com o prefeito Bruno Reis (União).

“Eu dei minha palavra de que iria seguir com Débora caso ela fosse escolhida pela oposição em Lauro. Lamento que ela tenha saído do PDT. Ela construiu esse caminho (da pré-candidatura) especialmente sob a liderança do deputado federal Félix Mendonça Júnior, que é o nosso presidente estadual do PDT, e do ex-deputado federal José Carlos Araújo, do nosso partido. Mas vou cumprir com minha palavra com a oposição em Lauro e com o ex-prefeito ACM Neto (União). Até porque, como todo mundo sabe, meu candidato era (o empresário) Teobaldo Costa, filiado ao União Brasil. Então, seria uma incoerência se eu tivesse outra posição”, disse Léo.

Embora admita concordar com parte do posicionamento crítico adotado por Félix em relação à saída de Débora Régis, Leo Prates afirmou entender a estratégia de ACM Neto de criar um cinturão formado por pré-candidatos a prefeito do União Brasil na Região Metropolitana de Salvador. “Isso é para facilitar a divulgação do número (até o pleito de 2026). É uma estratégia interessante, mas que foi feita muito próxima do prazo das filiações partidárias, sem dar possibilidade de o PDT se reposicionar em Lauro de Freitas”.

A exemplo do que já afirmou Félix, Leo Prates também garantiu que o episódio de Lauro de Freitas não afetou a relação entre o PDT e o União Brasil em Salvador. Ele destacou que o PDT aceitou o ingresso das vereadores Roberta Caíres, ex-PP, e Débora Santana, ex-Avante, para ajudar na “harmonização da base” do Palácio Thomé de Souza.

“Estamos afinados e em sintonia com o prefeito”, ressaltou o pedetista. Ele calculou que o PDT, que tem ainda o vereador Anderson Ninho, deve eleger até quatro edis na capital, sendo ao menos um deles com a menor votação entre os que conquistarem cadeiras na Câmara Municipal. Leo Prates afirmou também que a vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT) é o nome natural para a vice de Bruno Reis.