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Liderança feminina imprime qualidades específicas no comando das equipes, além da competência, como empatia e abordagens mais resilientes 25 de março de 2025 | 12:49

Cargos de chefia sob gestão feminina predominam nas secretarias do TRE-BA

Das onze secretarias que compõem a estrutura organizacional do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), oito são lideradas por mulheres. Na atual configuração administrativa, a liderança feminina está presente nas seguintes secretarias: Auditoria Interna (SAU), Corregedoria Regional Eleitoral (SCR), Geral da Presidência (SGPRE), Gestão de Pessoas (SGP), Judiciária (SJU), Orçamento, Finanças e Contabilidade (SOF), Planejamento de Estratégia, Inovação e de Eleições (SPL) e Presidência (SPR).

Elaboração de planejamentos estratégicos; análises orçamentárias; prestação de contas; planos de ação para as eleições; desenvolvimento e integração de pessoal; gerenciamento de processos judiciais; auditoria de licitações e contratos; apuração e responsabilização de atos da gestão pública no âmbito eleitoral. Essas são apenas algumas das muitas responsabilidades assumidas pelas gestoras do TRE-BA.

Pontos de vista

As gestoras do TRE-BA destacam a evolução da liderança feminina dentro da instituição, ressaltando tanto as qualidades da mulher no comando quanto o reconhecimento do seu papel no setor público.

Para a secretária da SOF, Carla Lustosa, o espaço da mulher em cargos de chefia no TRE-BA tem crescido e contribuído favoravelmente para a instituição, destacando aptidões femininas. “A mulher possui um olhar sensível, proativo e multidimensional. Temos a capacidade de conciliar várias atividades e obrigações, não só no campo profissional. Não é comum a participação efetiva da mulher no setor público, mas é importante que as habilidades femininas sejam valorizadas e se tornem cada vez mais presentes, tanto na gestão pública, quanto na iniciativa privada”.

Luciana Bichara, secretária da SPL, reforça o comprometimento das mulheres na gestão. “Procuro fazer meu trabalho com seriedade e percebo o reconhecimento do meu esforço. Não somente eu, mas todas as outras colegas se dedicam aos seus afazeres, procurando lidar com os processos e com as equipes da melhor forma”. Luciana também comenta sobre o enfrentamento de preconceitos: “nunca vivenciei preconceito no Tribunal ao exercer funções de chefia. O contrário acontece eventualmente com públicos externos. Mas, quando percebem que a gestora apresenta ideias, domina o tema em debate, o preconceito se rompe e o tratamento muda”.

Equilíbrio entre múltiplas jornadas

A reflexão sobre as múltiplas tarefas que ainda recaem sobre as mulheres é recorrente nos relatos das gestoras do TRE-BA. Apesar dos avanços no ambiente profissional, equilibrar trabalho e vida pessoal segue como um desafio. Ainda assim, elas mostram que é possível manter a excelência na liderança.

Glória Tourinho, secretária da SGP, afirma que encontra no TRE-BA um ambiente respeitoso e igualitário. “Não me sinto sobrecarregada ou supervisionada por ser mulher em um cargo de chefia, como ocorre em outras instituições. Não percebo distinção de gênero na ocupação das funções de gestão”, afirma. Ela também comenta sobre os múltiplos papéis que a sociedade atribui às mulheres. “A sociedade nos demanda algumas tarefas, como as de mãe e de organização da vida doméstica, porém, mesmo com a diversidade de atribuições, acho que não deixamos de cumprir com nosso papel profissional na área que abraçamos”, destaca.

Marta Gavazza, secretária da SJU, compartilha uma visão semelhante e destaca a autoexigência que muitas mulheres enfrentam. “Nosso nível de autocobrança é maior e isso acaba se tornando um diferencial na vida profissional ou em outras áreas de atuação. Não acho que somos mais questionadas nos cargos de chefia, entretanto, por conta de termos uma jornada diária tão capilarizada (filha, mãe, esposa, profissional), buscamos maior empenho na administração das tarefas sob nossa responsabilidade, a fim de que tudo, dentro do possível, seja bem realizado”, conclui.

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