6 abril 2025
Candidatíssimo a uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições de 2026, o advogado e chefe de gabinete do senador Jaques Wagner (PT), Lucas Reis (PT), reforçou o movimento de desembarque no governo de prefeitos e lideranças municipais que não votaram com Jerônimo Rodrigues (PT) em 2022, mas que agora buscam abrigo no Palácio de Ondina.
Em entrevista a este Política Livre, na última sexta-feira (28), durante a posse do novo presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Lucas Reis afirmou que isso se deve ao “bom tratamento” de Jerônimo.
“Eu acho que isso já está acontecendo. Toda semana a gente vê dois, três prefeitos ou lideranças municipais que não votaram no governador Jerônimo, que não estavam necessariamente na base do governador Jerônimo e, agora, estão caminhando em direção à reeleição do governador. Isso prova que o trabalho do governador é bem avaliado”, frisou.
Lucas Reis também repercutiu a declaração do prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Júnior Marabá (PP), que em entrevista ao PolíticaPod, podcast do Política Livre, no último dia 24, colocou em xeque a liderança do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto. Marabá, que é da oposição, mas tem sinalizado uma possível mudança de lado, afirmou que Jerônimo Rodrigues tem mais capacidade “de agregar e aglutinar” apoios.
“Todo mundo gosta de carinho, né?”, pontuou Reis, atribuindo a fala a mágoas passadas. “O governador trata bem as pessoas, ele tem essa característica. Ele não olha o partido da pessoa e isso acaba atraindo. Porque o jeito dele, a forma como ele se coloca na conversa com as lideranças, na conversa com a classe política, todo mundo gosta”, cravou.
Eleição do PT
Lucas Reis também comentou o Processo de Eleição Direta (PED) do PT da Bahia que escolherá o sucessor de Éden Valadares no dia 06 de julho. O meio de campo, entretanto, segue “embolado” por falta de um candidato que reúna apoios das diversas correntes internas.
Já se colocaram na disputa a economista Ellen Coutinho, Liu Durães do MST e o presidente do PT de Serrinha, Sandro Magalhães, que teve a candidatura retirada na última quarta-feira (26) porque foi nomeado ao cargo de Diretor-geral da Fundação Pedro Calmon. Nos bastidores, os nomes do ex-vereador de Salvador, Tiago Ferreira, e do ex-prefeito de Amargosa, Júlio Pinheiro, também são citados. O ex-prefeito de Amargosa, contudo, negou a este Política Livre o interesse em concorrer a vaga, pois é pré-candidato a deputado estadual.
“O PT é assim, quem acompanha a nossa disputa interna, sabe. Se a gente for remontar a 2019 também tinham vários candidatos, todo mundo acaba apresentando candidaturas, as forças políticas, todo mundo acaba que põe um nome”, contextualizou. O petista reforçou ser “amigo de vários candidatos”, mas revelou não ter nenhum favorito à disputa.
Carine Andrade