Robinho afirma que ACM Neto tem “fôlego” para vencer Jerônimo Rodrigues e diz que federação União Brasil/PP não o amedronta

O deputado estadual Robinho (União Brasil) teceu duras críticas ao governo do PT, que detém o comando do Estado há quase 20 anos, e o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no governo federal. Ele chamou ambas as gestões de “enganadoras”.

Em entrevista exclusiva a este *Política Livre*, na última semana, na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o parlamentar fez uma previsão de cenário para as eleições de 2026 que, segundo ele, angaria ampla possibilidade de vitória da oposição tanto em âmbito nacional como local.

Na Bahia, a sua aposta é no líder da oposição, ACM Neto. De acordo com Robinho, o cacique do União Brasil tem “fôlego” para derrotar o governador Jerônimo Rodrigues, que tentará renovar seu mandato, porque é um candidato que tem “histórico político e tradição”.

“Aqui na Bahia sempre imperou 13 lá, 13 cá, com raríssimas exceções. Sempre teve uma influência do governo federal na eleição do governo federal, assim como no governo da Bahia. Só que o que eu estou enxergando é que o eleitor sempre, normalmente, vota em alguém, mas parece que nessa eleição o eleitor quer votar contra alguém, vai votar em outra pessoa qualquer. Então, parece que vai vencer aquele voto de desgaste, de rejeição”, frisou.

Ele ainda afirmou que “o povo da Bahia está enxergando que são 20 anos do PT”, ao completar que ao longo deste período a gestão petista não impactou em uma mudança significativa na vida das pessoas. Segundo o deputado, o PT se elegeu com o discurso de combate à fome, porém o que se vê na prática são mais pessoas em situação de vulnerabilidade credenciadas nos programas sociais. “Essa população está enxergando que esse discurso de matar a fome do povo que o PT sempre usou é um discurso enganador”, contextualizou.

Vale lembrar que Robinho integrou a base do PT até 2021, quando rompeu com o então governador Rui Costa (PT). À época filiado ao PP, Robinho colocou a “faca entre os dentes”, como diz o jargão usado na política, e alegou que divergências com o ex-governador foram determinantes para seu desembarque no ninho oposicionista.

*Federação*

Sobre a possibilidade de federação entre o União Brasil com seu ex-partido, PP, Robinho declarou ser entusiasta da ideia. Ele chamou de “junção de forças” e afirmou que, caso se concretize, não representará uma ameaça a sua pré-candidatura a deputado federal.

“Eu sempre que disputei eleição, eu procurei grupos fortes. Para ser eleito tem que ter voto. Então, se virem os candidatos seja do PP ou do União Brasil. Se a federação tiver essa junção, cada um é trabalhar para ter mais votos e quem tiver mais é que se elege. Isso não me amedronta, vou correr atrás do voto, vou trabalhar para ter o voto. Se eu não ganhar é porque eu não tive o voto”, finalizou.