03 de maio de 2015 | 09:00

Governo lança nova campanha sobre ajuste fiscal e Cunha garante votar

economia

Depois de seguidas derrotas no Congresso em projetos relacionados ao ajuste fiscal, o governo federal lançou uma nova campanha para explicar a necessidade das medidas. Depois de lançar uma cartilha com o lema “Ajustar para avançar”, no dia 13 de abril, o governo criou agora um site sobre o tema, com um vídeo de um minuto e uma hashtag com o slogan da campanha para as redes sociais. Todos os conteúdos defendem que o mundo passa por uma forte crise econômica desde 2008, cujos efeitos no Brasil foram amenizados por ações do governo. O material destaca a expansão do emprego e da renda nos últimos anos e a valorização do salário mínimo como conquistas, e diz que, agora, o governo “propõe ao Congresso ajustes para que essas vitórias tenham continuidade”. Além de responsabilizar a crise de 2008 pelo atual cenário econômico brasileiro, que sofre com recessão e inflação, afirma que as tarifas de energia elétrica foram reajustadas em função da seca. “O governo está cortando seus gastos e ajustando investimentos. O fundamental é que os ajustes, urgentes e temporários, permitirão que o Brasil reequilibre suas contas e avance no caminho do crescimento”, diz um dos textos publicados no site da campanha. “Os ajustes são temporários, mas seus resultados serão permanentes”, afirma um outro trecho desse mesmo material. No site ainda é possível encontrar nove textos divididos por três temas: emprego, previdência e energia. Neles, o governo explica medidas que estão sendo tomadas e relata a situação em cada um desses segmentos. Mas o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), disse ontem (03) em coletiva de imprensa na ExpoZebu 2015, que colocará na pauta da casa a votação do pacote de ajuste fiscal. Segundo ele, a Medida Provisória que trata o tema saiu da Comissão Mista e o projeto de objeção constitucional deve ficar pronto a partir de terça-feira. “Meu papel de presidente da Câmara não é julgar o pacote ou não. O papel do governo é ter a sua base e constituir sua maioria para poder votar matéria”, ressaltou. O deputado ainda comentou, já em palestra para pecuaristas e fornecedores na sede da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), que pretende, até junho, terminar projeto de lei sobre o pacto federativo para dar início à tramitação na casa e ser votado até o final do ano. “Sobre esse tema, vamos discutir qual será o papel de cada um para não termos prejuízo”, disse.

Estadão Conteúdo
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