23 de maio de 2015 | 10:30

SP: Vazão do Cantareira cairá mais em setembro

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Com o objetivo de evitar o colapso do Sistema Cantareira, sem colocar em xeque o abastecimento de água, os órgãos reguladores do manancial querem aumentar em 40% o volume máximo liberado para as cidades do interior, em junho, e reduzir em 26% o limite de retirada para a Grande São Paulo, a partir de setembro, quando a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) promete concluir a obra que vai ampliar a captação da Billings para diminuir a dependência do Cantareira. A proposta conjunta da Agência Nacional de Águas (ANA), do governo federal, e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), para a operação do sistema entre os meses de junho a novembro será definida na próxima segunda-feira em reunião com a Sabesp e com os Comitês das Bacias Hidrográficas do Alto Tietê e dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), em Campinas. O objetivo é manter o limite de exploração do manancial pela Sabesp nos atuais 13,5 mil litros por segundo até o fim de agosto, para que a estatal termine a obra de transposição de 4 mil l/s do Sistema Rio Grande, braço limpo da Billings, para o Sistema Alto Tietê, que deve avançar mais sobre bairros atendidos pelo Cantareira. A proposta atende ao cronograma de ações emergenciais da Sabesp. A interligação dos dois sistemas está três meses atrasada. Segundo a companhia, uma nova redução na retirada de água do Sistema Cantareira, imposta pela ANA e pelo DAEE, antes da conclusão da obra, poderia levar à implementação de um rodízio “drástico” de 5 dias sem água e 2 com na região atualmente coberta pelo manancial. Antes da crise hídrica, a Sabesp captava 31,9 mil l/s do sistema para abastecer 8,8 milhões de pessoas na Grande São Paulo. Hoje, a vazão é de 13,4 mil l/s para uma demanda de 5,4 milhões de moradores. De acordo com a proposta, a retirada de água do Cantareira pela Sabesp ficaria limitada a 10 mil l/s até o fim de novembro, quando será possível avaliar o cenário hidrológico da próxima estação chuvosa, que terá início em outubro. Com isso, o Cantareira, que desde a inauguração, em 1974, era o maior sistema produtor de água da região metropolitana, passará a ser só a terceira fonte de abastecimento de água, atrás do Alto Tietê. Em fevereiro deste ano, ele já havia sido ultrapassado pelo Guarapiranga

Estadão Conteúdo
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