Foto: Dida Sampaio / Estadão
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) 02 de dezembro de 2015 | 06:55

Acusação se baseia em ‘delações torturadas’, afirma defesa de Cunha

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O advogado Marcelo Nobre, responsável pela defesa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse na sessão desta terça-feira, 1, do Conselho de Ética que a acusação contida na representação contra o peemedebista não traz nenhuma prova e que não pode haver “politização da Justiça”. “A representação se sustenta em duas delações ‘torturadas’, que não fazem provas”, afirmou o advogado. Nobre argumentou que Cunha não mentiu à CPI da Petrobrás quando afirmou não ter contas no exterior. Segundo o defensor, a legislação brasileira não obriga seus cidadãos a declarar valores de trustes (espécie de fundo de investimento) no Imposto de Renda. Em sua avaliação, o conteúdo da representação não oferece “o mínimo de provas” contra Cunha. “Estão querendo que meu cliente faça algo que a lei não obriga”, disse. ‘Natimorto’. O advogado declarou ainda que o processo contra o presidente da Câmara é já “natimorto e seu fim é o arquivamento”. “Abrir um processo para sangrar o presidente da Câmara, a defesa não tem como concordar”, afirmou Nobre. Fausto Pinato (PRB-SP), relator do parecer pelo seguimento do processo, reagiu. “Peço aos nobres parlamentares que coloquem a mão em vossas consciências não para prejulgar, apenas para a gente ter o direito de apurar a verdade. Duzentos milhões de brasileiros lá fora esperam isso de nós”, afirmou. “Aprendi a não fazer prejulgamento por pressão de amigos, imprensa. Não podemos fazer prejulgamento”, acrescentou.

Estadão
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