Foto: Wilton Junior/Estadão
O TRT-RJ suspendeu na quinta-feira, 16, a privatização das distribuidoras da Eletrobras no Norte e Nordeste do País 17 de agosto de 2018 | 19:20

AGU pede ao TST que derrube liminar que impede leilão de distribuidoras

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A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu nesta sexta-feira, 17, que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) suspenda a liminar que impede o leilão de seis distribuidoras da Eletrobras (Cepisa, Ceal, Eletroacre, Ceron, Boa Vista Energia e Amazonas Distribuidora), informa a assessoria do órgão. O Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-RJ) suspendeu na quinta-feira, 16, a privatização das distribuidoras da Eletrobras no Norte e Nordeste do País inicialmente marcada para 30 de agosto. Segundo a assessoria do TRT-RJ, a decisão foi tomada pelo órgão especial, que julgou o agravo regimental impetrado pelo sindicato dos trabalhadores da empresa contra uma decisão do presidente do tribunal, que cassou a liminar concedida em junho aos trabalhadores pela 49ª Vara do Trabalho, determinando a suspensão da privatização. A Cepisa foi vendida em julho, mas o TRT-RJ não informou se a venda terá de ser suspensa também. Ontem, advogados dos empregados da Eletrobras informaram que a decisão do TRT suspende também todas as etapas que ainda precisam ser feitas para transferir o controle da distribuidora do Piauí. A liminar do TRT determina que a venda das distribuidoras seja paralisada até que a Eletrobras apresente estudo sobre o impacto da operação nos contratos de trabalho dos empregados das referidas companhias energéticas. No pedido de suspensão da liminar ao TST, a AGU destaca que as distribuidoras são deficitárias e precisaram receber, nos últimos 20 anos, um aporte de R$ 30 bilhões da Eletrobras. A AGU alerta que, como a estatal não tem mais condições de injetar recursos nas empresas, elas terão que ser liquidadas caso os leilões não sejam realizados. “Caso a companhia não seja capaz de suportar financeiramente os custos de liquidação, poderá a União ser chamada a suportar essa situação”, afirma o órgão na petição. Além disso, a AGU afirma que a liminar “ainda que por poucos dias produzirá instabilidade com o potencial de afastar o interesse de possíveis interessados” na compra das distribuidoras, “em flagrante prejuízo ao interesse público”.

Estadão Conteúdo
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