29 abril 2024
A dificuldade de crescimento do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), hoje embolado com Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) no segundo lugar das intenções de votos, segundo as pesquisas, tem levado apreensão à campanha ao governo de José Ronaldo (DEM).
Desde o princípio, o candidato democrata apostava na ascensão do presidenciávell tucano, o qual seu partido apóia nacionalmente, como forma de crescer também em meio ao eleitorado baiano. Ocorre que este momento tem demorado a chegar.
Antecipando as dificuldades do tucano e até contrariando a opinião de alguns assessores, Ronaldo sempre evitou assumir conexão exclusiva com Alckmin, deixando aberta a porta para relacionar-se com outros candidatos que avançassem eventualmente em seu lugar.
Estariam neste campo o presidenciável Henrique Meirelles (MDB) e o próprio Ciro, que trafegam na faixa da centro-direita e centro-esquerda, respectivamente, mas especialmente o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, com cujo núcleo de apoio na Bahia o democrata tem relações muito próximas.
Não é segredo de ninguém que ainda na fase da pré-campanha Ronaldo despachou figuras próximas ao seu núcleo político para organizar um dos primeiros eventos de Bolsonaro na Bahia, realizado num hotel no litoral norte.
No entanto, a situação do ultradireitista, internado desde a quinta-feira passada, em estado grave, depois de uma facada, se tornou uma verdadeira incógnita nestas eleições, apesar de ele continuar como o líder das intenções de voto até agora.
Um aliado de José Ronaldo admite a este Política Livre que, depois da segunda cirurgia a que Bolsonaro foi submetido, ontem, não há espaço sequer para conversas sobre campanha com seus filhos, que funcionam como articuladores políticos do presidenciável.
“A situação de Bolsonaro está se complicando, o tempo está passando e do lado dos seus representantes percebemos, até pela gravidade do seu estado de saúde, que há pouca disponibilidade para qualquer tido de entendimento”, diz a mesma fonte.
Para ela, o quadro como um todo é um indicativo forte de que, com a muleta do candidato presidencial puxador de votos, tão importante em eleições estaduais na Bahia, Ronaldo não poderá pelo visto contar.