Foto: Reuters
O jornalista saudita Jamal Khashoggi durante evento do Monitor para o Oriente Médio, em Londres 19 de outubro de 2018 | 19:52

Arábia Saudita afirma que jornalista foi assassinado no consulado em Istambul

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A Arábia Saudita confirmou nesta sexta-feira, 19, que o jornalista Jamal Khashoggi foi assassinado no consulado em Istambul. A informação foi anunciada pela Procuradoria Pública em Riad, na TV. O jornalista estava desaparecido desde o dia 2, depois de ele ter entrado no consulado. De acordo com o comunicado lido na TV estatal, 18 sauditas foram presos e estão sendo investigados por conexão com o caso. Nenhum deles foi identificado. No comunicado, o promotor público do reino disse que uma investigação descobriu que surgiu uma discussão entre Khashoggi e homens que o encontraram no consulado saudita em Istambul, levando a uma “briga que terminou com sua morte”. “As discussões entre Jamal Khashoggi e aqueles com quem ele se reuniu no consulado do reino em Istambul degeneraram para uma briga corporal, levando à sua morte”, reportou a Agência de Notícias saudita (SPA), citando a Procuradoria. Foi informado ainda que o conselheiro da corte real, Saud al-Qahtani, e o vice-diretor de Inteligência, o general Ahmed al-Assiri, foram destituídos de suas posições. Assiri é um conselheiro próximo do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. A TV questiona que ainda há muitas questões a serem respondidas, por exemplo, como ele morreu e exatamente onde está o corpo. Mais cedo nesta sexta-feira, a polícia turca realizou buscas em uma floresta nos arredores de Istambul e nas proximidades de Yalova, cidade com costa no Mar de Mármara, em busca de restos mortais do jornalista. Autoridades turcas disseram que Khashoggi foi morto e esquartejado dentro do consulado por uma equipe de 15 agentes sauditas que haviam chegado para encontrá-lo.

Estadão Conteúdo
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