2 maio 2024
Com o término do prazo para as convenções partidárias no dia de hoje, Salvador tem oficialmente nove candidatos a prefeito e cerca de 1.600 candidatos a vereador. Há opções para todos os gostos – da extrema direita, com candidato pela primeira vez na disputa na capital baiana, à extrema esquerda, passando pelo centro, a direita e a esquerda.
Na prática, o encerramento do prazo das convenções coincide com o início efetivo da campanha, no próximo dia 27, já que os políticos deixam o status de pré-candidatos para o de candidatos aos cargos majoritários e legislativos. Não deixa de ser, no entanto, apenas o início oficial, uma vez que o efetivo se dá mesmo quando a propaganda eleitoral começar, em outubro.
Segundo as pesquisas, o nome mais forte à sucessão do prefeito ACM Neto (DEM) é o seu vice e candidato, Bruno Reis, também do democratas, que conseguiu reunir mais 14 partidos em torno de seu nome. É seu favoritismo que as forças aliadas do governador Rui Costa (PT) tentam superar com a estratégia de lançamento combinado de três nomes.
O objetivo é favorecer a eleição da petista Major Denice Santiago, uma outsider, escolhida de última hora pelo governador para enfrentar a disputa. Um dos que integram este projeto, embora desejando superá-la e eventualmente enfrentar Bruno Reis no segundo turno, é o deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante).
Isidório é o segundo colocado nas pesquisas, muito abaixo do democrata, que tem o triplo das suas intenções de voto. O outro que também combinou o jogo mas acredita que pode superar Denice é o deputado federal Bacelar, do Podemos, que reuniu a maior número de partidos (além do Podemos, Rede e PTC) entre os candidatos ‘governistas’.
Apoiada pelo PP, a deputada Olívia Santana, do PCdoB, corre por fora, sem ter combinado nada com o governador, apesar de os dois partidos estarem na base do governo, porque sua candidatura era indesejada pelo risco que representa para Denice. É outra que marchará com todas as forças para tentar chegar ao segundo turno.
Com discurso mais extremista, estará na disputa ainda Hilton Coelho, do PSOL. Hoje na lanterninha, o vereador Cézar Leite (PRTB) tenta disfarçar o radicalismo de direita se declarando como conservador, mas só tem chance de crescer um pouco se conseguir vincular-se ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O que dificulta seu projeto, no entanto, é o histórico partidário, que inclui passagens pelo PSDB, o MBL e até o Novo, um passado que tornará difícil para os bolsonaristas raiz engoli-lo. Independente, mas com bom relacionamento com o governador e o prefeito, Celsinho Cotrim disputa a sucessão pelo PROS.
Veja quem são os candidatos: