17 novembro 2024
À par nos mínimos detalhes da grande confusão em que se transformou a definição da chapa governista na Bahia, o ex-presidente Lula já avalia antecipar seu retorno do México para deflagrar a campanha do senador Otto Alencar (PSD) à sucessão estadual e tornar seu nome fato consumado no PT.
Pouca gente sabe no partido, mas os dois se tornaram muito próximos neste último ano, criando uma relação de afeição e confiança mútua que não passa pelo senador Jaques Wagner nem o governador Rui Costa, estrelas do PT baiano com quem Lula sempre priorizou sua interlocução no Estado.
Por este motivo, o ex-presidente foi o primeiro a defender o apoio do PT ao nome de Otto para o governo quando percebeu que o projeto de Rui de concorrer ao Senado era irreversível e incompatível com o plano de Wagner de voltar ao Palácio de Ondina. O senador petista também gostaria que Otto fosse logo entronizado.
Chegou a falar sobre a ideia de lançar seu nome logo após a reunião em que a chapa foi sacramentada, sabedor da pressão que enfrentaria – e está enfrentando – no PT e de partidos aliados para recuar e retomar a candidatura. De perfil cauteloso, Otto ponderou, no entanto, que gastaria de conversar com o PT e as forças aliadas antes de apresentar seu nome.
Política Livre