Foto: Divulgação
João Carlos Bacelar (PTN) 30 de julho de 2013 | 16:47

Bacelar entrega cargo de secretário a ACM Neto

exclusivas

O secretário municipal de Educação, João Carlos Bacelar, vai entregar o cargo ao prefeito ACM Neto (DEM). Ele anunciou a decisão agora há pouco numa reunião com a bancada municipal do PTN, partido que comanda na Bahia. Esta é a segunda baixa no governo desde a posse de ACM Neto, em janeiro. A primeira foi da Sucop, onde o indicado do PMDB foi substituído por outro do mesmo partido.

Bacelar será substituído pelo ex-deputado federal Jorge Khoury. Ele deixa o governo com ótimo relacionamento com o prefeito, apesar de muitos atribuírem a sua decisão de sair ao fato de ter perdido, na atual gestão, a grande autonomia com que comandou a secretaria durante o governo de João Henrique (PP). Antes de anunciar a decisão à bancada, Bacelar teve uma reunião com o prefeito, na semana passada, para comunicar que sua decisão era irrevogável.

Ele era o único secretário remanescente da gestão de João Henrique. Através de Bacelar, a Prefeitura deu o apoio considerado fundamental à eleição de ACM Neto contra o PT e as forças de esquerda. Por este motivo, o secretário se tornou foco constante de ataques dos petistas desde o início da gestão do democratas, enfrentando duras negociações com as liderança dos professores, ligadas ao partido.

Antes da eleição municipal e até se definir por Neto, por comandar uma secretaria poderosa, Bacelar era elogiado por todos os candidatos. Num evento público, o então candidato do PT, Nelson Pelegrino, chegou a prometer que ele permaneceria na secretaria caso ganhasse a Prefeitura. Entre os fatos marcantes da sua gestão, estão um incêndio no prédio secular que abrigava a secretaria, segundo apurou a polícia, em decorrência de um curto circuito.

Com a decisão, Bacelar reassume seu cargo de deputado na Assembleia Legislativa do Estado, desalojando o jornalista Uziel Bueno, que volta à primeira suplência do PTN. Há quem diga também que o deputado retorna à Casa para incrementar a oposição ao governo Jaques Wagner, a qual se enfraqueceu muito desde a sua ida para a secretaria municipal de Educação.

A decisão obedeceria a uma estratégia de recrudescer a oposição ao governo do Estado aproveitando a queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff e de avaliação do governo Jaques Wagner, o que, na visão dos oposicionistas, aumenta a chance de um candidato do grupo vencer as eleições estaduais de 2014.

Comentários