Foto: Divulgação/Arquivo
Paulo Souto em meio a tucanos em evento de campanha 17 de fevereiro de 2014 | 13:17

Souto já agrega apoio manifesto do PSDB à sua campanha

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Para os adeptos da tese segundo a qual uma imagem vale por mil palavras, a foto em que o ex-governador Paulo Souto (DEM) aparece, neste final de semana, na festa em homenagem ao padroeiro de Mata de São João, divulgada pela imprensa baiana, diz muito sobre o estágio atual das conversas com relação à definição da candidatura das oposições à sucessão estadual.

Em primeiro lugar, Souto foi ao evento vestindo típico figurino de candidato. O que, na visão de democratas, principalmente, só precisa de uma decisão do prefeito ACM Neto (DEM), nomeado articulador da aliança oposicionista, para se consolidar. Em outras palavras, depois de dizer que queria a candidatura, Souto já iniciou o trabalho por ela, faltando apenas o aval manifesto do prefeito.

O segundo ponto mais evidente foi a presença maciça da cúpula tucana junto ao ex-governador em Mata de São João. Como a foto não deixa mentir, estavam lá, além do ex-prefeito do município e pré-candidato tucano ao governo João Gualberto, que praticamente já negociou a indicação para vice de Souto, o presidente estadual da legenda, Sérgio Passos, e os deputados Jutahy Jr. (federal) e Adolfo Viana e Augusto Castro (estaduais).

Só não vê quem não quer que os tucanos, incluindo Gualberto, estão fechadíssimos com Souto. Do consórcio oposicionista, portanto, o ex-governador já tem dois dos três mais importantes partidos que a integram ao seu lado. O curioso é que a manifestação ocorreu um dia depois de circular a informação segundo a qual ACM Neto já havia se definido pela candidatura de Geddel Vieira Lima (PMDB) ao governo.

Teria sido uma resposta a Neto? Ou a Geddel? Ou aos dois juntos? Algo de que não se tem dúvida é que, ao contrário do que se imaginava no início, tudo indica que a escolha de um entre Souto e Geddel não será pacífica. Ou seja, a unidade, defendida por DEM, PSDB e PMDB, como estratégia essencial para derrotar o PT, pode cair por terra em prejuízo do projeto de poder das oposições.

Raul Monteiro
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