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O presidente do Bahia, Fernando Schmidt 20 de abril de 2014 | 12:00

E.C. Bahia deve mais de R$ 100 milhões, diz colunista

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Muitos dos torcedores tricolores que irão hoje à Arena Fonte Nova para assistir ao jogo Bahia x Cruzeiro, às 16h, desconhecem a realidade financeira do clube: deve mais de R$ 100 milhões. Em artigo assinado dias atrás no jornal Folha de S. Paulo, o presidente do Bahia, Fernando Schmidt, tratou do assunto que não é um privilégio do time, pois a maioria dos clubes brasileiros está naufragada em dívidas. “Quando o clube deixa de pagar o INSS, o FGTS, e até mesmo o Imposto de Renda, está cometendo crimes”, lembra o presidente, que defende a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, de autoria do deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ). Fernando Schmidt ressalta a ilusão em que vivem os clubes brasileiros, que insistem em realizar contratações de jogadores e treinadores por cifras milionárias e se “esquecem” de quitar suas obrigações como o recolhimento de contribuições sociais. “Por isso, defendemos a fiscalização pública sobre os clubes, para que essa dívida financeira, que a cada dia se agiganta, não empobreça ainda mais o futebol”, diz o dirigente, afirmando que a obrigação de instituir essa fiscalização pode ser uma boa herança da Copa. Eleito democraticamente para a presidência do Bahia, Fernando Schmidt disse que ao assumir encontrou um “cenário de terra arrasada. Os contratos são quase todos lesivos: negociatas e dívidas de um grupo que se apossou de um patrimônio que, longe de ser privado, é público”. Segundo ele, a dívida do Bahia virou um monstro devorador, que a cada fim de mês fica na espreita: “Isso, no momento de pagar salários, dívidas trabalhistas e impostos sonegados por ex-dirigentes encobertos pelo manto eterno da impunidade”.

Clécio Max, Coluna Satélite, Correio*
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